Pode parecer mais do mesmo, mas a vida por vezes é realmente tramada. Há momentos em que desesperadamente procuro a luz. Uma ténue claridade ao fundo do túnel que tem sido esta incessante procura de emprego.
Lidar com pessoas altamente sem escrúpulos, que só coçam o seu próprio umbigo, deixam-me, cada vez mais, com um aperto no peito.
Bem tento levar a coisa na boa, mas sinceramente não acredito que resulte muito mais tempo. Pergunto inúmeras vezes o porquê de ter de lidar com toda esta falta de educação, profissionalismo, rigor e tantas coisas mais, só pode ser para me dar uma bagagem emocional imensa. Para eu saber de cor (e eu sei-o bem) aquilo que jamais quero ser. Aquilo que, se algum dia chegar a um patamar de liderança, jamais farei. Porque não é com vinagre que se chega às pessoas, não é ceifando-lhes os seus básicos direitos e ainda assim, ai de alguém que se levante para dizer uma palavra.
Muitos "chefes" de meia tigela, vulgos gestores, acham o Código do Trabalho em Portugal muito mau para a Entidade Patronal. Àquilo que eu tenho visto, devia era proteger-nos bem mais, porque esta malta se pudesse, fazia-nos a folha a todos em três tempos. Se pudessem tiravam-nos tudo.
E eu fico piursa com as coisas a que assisto diariamente. Perdoem-me o palavreado, mas há momentos em que uma pessoa perde mesmo a paciência e só pede a Deus (sim, eu peço muito mesmo) que a luta que travo há bastante tempo comece a dar frutos. Eu não quero nada de mão beijada, nunca assim foi na minha vida, apenas quero que esta minha luta me traga aquilo que eu mais anseio.
Por muita tristeza que sinta em alguns dias (por ainda não ter alcançado este meu objectivo), a esperança, perseverança e momentos como o de sábado que me dão alento para continuar. Porque pode não ser hoje, mas será amanhã. Como eu sempre digo, quem luta vence. Sempre!
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