quinta-feira, 21 de maio de 2015

E agora?



O Final da Série Revenge foi do caraças. Durante um bocado não consegui pensar noutra coisa. Uma pessoa começa a ver uma série e às tantas já parece que aquilo faz parte de nós. O Revenge foi uma série do caraças. Termina na 4a temporada. Houve episódios de cortar a respiração, e agora acaba-se e uma pessoa como fica?
O Final da Temporada 11 da Anatomia de Grey foi muito triste. Depois de tanto Spoiler à volta da saída do McDreamy da série, fica um vazio tremendo. Acho que a personagem dele era fundamental. Não faço ideia do que está para vir na 12ª, mas a realidade é que se perdeu um pilar fundamental desta série.
Depois das séries terminarem, fico sempre com um vazio esquisito ali durante um dia ou dois. Nada que não se ultrapasse, mas não deixa de ser triste.

Fotografias retiradas do Google Images

terça-feira, 19 de maio de 2015

É apenas e só o Amor que me motiva...

Quando fazemos tudo com amor, quando só o Amor nos move naquilo em que fazemos, o resultado só pode ser aquele que ambicionamos.
Sei por alguma experiência (alguns anos de vida que tenho) que quem luta vence. Quem arregaça mangas e vai atrás dos sonhos, alcança-os. Ser persistente e não desistir é sempre o melhor caminho, ainda que duro e cheio de provas a superar.
Já o disse, desta vez o caminho está a ser um pouco mais longo, mas como eu acredito que tudo tem um propósito e nada acontece por acaso, o facto de estar a demorar mais tempo também terá a sua razão. Já houve uma etapa da minha vida que demorou algum tempo e quando a concluí, olhei para trás e senti que não tinha acontecido mais cedo porque não era a hora certa. E quando aconteceu, foi realmente mais fácil do que quando comecei a tentar realizá-la. E lembro-me muitas vezes deste exemplo.
Em cada candidatura que envio, coloco todo o amor que sinto no peito. É apenas e só este Amor que me inunda a alma que me move nesta luta para mudar de cidade. 
É o querer chegar ao final de mais um dia e poder abraçar o homem maravilhoso que tenho ao meu lado. Partilhar as tarefas, partilhar os sorrisos e os desabafos de mais um dia no trabalho. Adormecermos juntinhos e acordarmos lado a lado. O companheiro que me dá cabo do juízo (mas que me provoca as maiores gargalhadas). É esta construção de vida que eu mais anseio. A partilha que resulta num aumento tão bom de afecto e de sentimentos, porque quanto mais damos, mais temos. E eu sinto tanto isso. Quando mais partilhamos a nossa vida um com o outro, mais crescemos enquanto seres humanos. 
E são todos estes sentimentos que fervilham em mim que me dão força nos momentos em que me recebo mais um email em que me dizem, lamentamos mas a sua candidatura não foi a seleccionada. Arquivo e penso, ainda não foi hoje, mas amanhã terei novas oportunidades para continuar a tentar. Sempre. Porque em tanta porta em que peço emprego, alguma se há-de abrir para mim. Se não for uma porta, será uma janela. A oportunidade virá. Eu sei que sim. Eu sinto que sim. E estou disposta a tudo. Tudo, mas jamais abdicarei deste nosso Amor. Este Amor que veio de mansinho e me tem feito tão mas tão feliz. Especialmente a certeza de que é com ele que quero passar todos os meus dias.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Faz amanhã um mês...

Que me vi pela primeira vez num hospital. Saber que ia ser sujeita a uma cirurgia, ficar internada. Pensar que me iam colocar um cateter, não saber o que podia acontecer, foi o que mais me deixou apreensiva. O procedimento era simples, mas se algo falhasse, comprometia uma coisa que eu quero muito. Felizmente tudo correu pelo melhor e eu saí de lá sã e salva (e toda amassada, mas isso é outra coisa).
Fiz uma miomectomia abdominal. Basicamente fui retirar dois miomas que estavam a crescer no meu útero. Um deles já era grande e o outro para lá caminhava. Quando fui à consulta de anestesia pedi expressamente anestesia geral, porque só queria apagar e acordar quando tudo tivesse passado. No dia da cirurgia não foi isso que aconteceu. Uma Dra. veio ter comigo e disse-me que a epidural seria muito melhor e iria permitir um pós-operatório menos doloroso. Eu nem pensei no assunto, só lhe disse que a Dra. saberia o que era melhor. Naquele momento eu já não conseguia pensar. Estava entregue à equipa.
Quando entrei no bloco, comecei a tremer como varas verdes. Não senti frio, apesar de me explicarem que o ambiente era bem mais fresco. Foi a forma do meu corpo reagir àquilo tudo. Eu tentava parar de tremer mas o meu corpo não respondia. Foi constrangedor. O meu sistema nervoso é tramado...
Depois do cateter na mão, viraram-me para me dar a epidural. Com os tremeliques a Dra. teve alguma dificuldade, mas tinha um enfermeiro à minha frente a segurar-me com a maior força que tinha. Nada me doeu tanto como eu pensei que ia doer. Não apaguei como eu queria ter apagado. Não estava completamente lúcida, mas estava acordada. Ouvia os médicos falar sem perceber o que diziam. Sentia-me consciente sem grande consciência.
Tudo correu bem. Quando passei ao recobro, fiquei assustada por não sentir o corpo da cintura para baixo. Caramba, ia jurar que pesava toneladas. Ao fim de algum tempo, a enfermeira sempre a perguntar se já sentia as pernas e eu sem sentir nada. Estive imenso tempo e quando comecei a ganhar sensibilidade foi nos joelhos, nem sequer foi nos pés.
Algum tempo depois, subo novamente ao meu quarto no 6º andar. Ainda estava sob o efeito da anestesia, senti alguns vómitos, mas nada demais. Senti fome, mas de pouco ou nada me serviu, porque as refeições que comi no hospital eram baseadas em líquidos. Água onde cozeram cenouras (ao almoço e ao jantar), ao pequeno almoço, lanche e ceia, chá e sumo de maçã.
O pior de tudo foi no 2º dia de internamento. Quando a Sra. Enfermeira veio ajudar-me a levantar... foi o meu pior pesadelo. Aí sim, senti dores. Dores do camandro. Nunca pensei. A par disso sentia-me fraca, com quebra de tensão... Que horror. E o único pensamento que tinha, era no dia que fosse mãe (caso estivesse sujeita a uma cesariana - procedimento semelhante), e ter ali um bebé a precisar dos meus cuidados e eu naquela situação. Foi horrível pensar nisso.
Mas fui tentando. Levantei-me várias vezes, e é incrível como quando estamos bem, nem nos apercebemos que músculos mexemos. Para nos levantarmos normalmente, a força que fazemos nos músculos abdominais... Tive uma enfermeira espectacular que me ensinou precisamente como eu teria de me levantar sem ter de pressionar a zona da costura. E isso ajudou-me imenso. Fui tentando, uma, outra, e outra vez.
No hospital não consegui descansar grande coisa, apenas e só porque estavam constantemente a entrar no quarto. Medições de temperatura e tensão, injectar coisas na veia (isso sim também me custou algumas vezes), mudar pensos, tirar cateter, algalia e afins). 
Fui muito bem tratada. No entanto, não quero repetir. Porque as pequenas coisas da vida, são mesmo as mais importantes. E termos saúde, estarmos plenos de todos os movimentos, é algo tão básico e tão precioso.
Agora continua a ser um dia de cada vez. Todos os dias recupero um bocadinho. E em breve estarei de volta ao que era. Sem limitações, e plena de movimentos.