domingo, 17 de fevereiro de 2013

Não se pode ser bom...

Em pleno Séc. XXI, quando uma pessoa acha que já lidou com tudo o que é absurdo, eis que é surpreendida por uma conversa (que não pediu) e que se transforma num ataque severo sem direito de retaliação.
Aconteceu-me ontem. Estava muito bem a almoçar quando fui interpolada pela mãe de uma amiga que estimo muito. Esta minha amiga está a passar por uma separação. A par disso encontrou outra pessoa. Juntamente com tudo isto é pressionada diariamente para voltar para o marido, pessoa que estima muito mas que deixou de amar. Os pais não entendem e comandam a vida dela como se ela não tivesse uma palavra a dizer. E ontem acusaram-me de lhe dar conselhos "maus". Ao que respondi que o único conselho que lhe dei e darei sempre é que siga o seu coração. Apenas isso. Porque simplesmente os sentimentos mudam e não somos obrigados a viver ao lado de alguém uma vida inteira, porque assumimos um compromisso! "Porque não se pode viver de sentimentos!" Gritou-me esta mãe. Que a filha é "orgulhosa" e são os maus conselhos que não a fazem viver de novo o casamento (ainda que de fachada)!
Eu fiquei chocada. Ouvir uma mãe dizer que os sentimentos não são coisas a que se ligue. Uma mãe que não se preocupa em ouvir o que a filha quer? Uma mãe que controla uma filha de 33 anos, como se 10 tivesse, choca-me. Mas choca-me de uma maneira muito forte. Ao ponto de sentir pena. Um sentimento que eu não gosto de ter por ninguém. E por esta minha amiga tenho-o. Sem o conseguir definir. Pelo mau que ele representa. Infelizmente.
Ontem ao conduzir para casa e com este monólogo a ecoar-me na cabeça, senti o valor que tem a minha família. O apoio que me dão e acima de tudo, o respeito que me têm. Em toda e qualquer decisão que tenho tomado ao longo da minha vida. Sou uma sortuda. E isto não tem preço!

1 comentário:

  1. Somos mesmo. Sabemos que temos muito até quando sentimos que nos falta qualquer coisa. Aparecerá! E o mais importante já temos.
    mil beijinhos

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