domingo, 22 de fevereiro de 2015


Que a semana passe a voar...

Foto: Weheartit.com

Parece que o tema já acalmou...


Sim, eu o meu querido namorado também fomos ver o filme de que tanto se fala ou falou. Achei fracote. Não porque esperasse cenas de tau tau a cada trinta segundos, mas foi muito colado ao primeiro livro. Não saíram daquilo mesmo, sendo que o livro é bem mais detalhado.
Eu tinha lido o primeiro e o que me prendeu na história foi a história dos dois em si, serem tão diferentes. O que senti ao ler o livro e ao ver o filme foi a mesma coisa. Quando surgiam as cenas de sadomasoquismo, eu irritava-me. A sério, como é possível alguém no seu perfeito juízo se sujeitar àquilo? Uma coisa é brincar com algumas situações, rirmo-nos com elas. Outra é deixar que outro tenha uma pancada louca em nos bater. Onde é que isto pode proporcionar prazer? Na minha cabeça não há espaço para crer em algo assim... Mas cada um come do que gosta e aceita o que melhor lhe apraz...
Tenho a dizer também o que já li e tenho ouvido, o melhor de tudo é sinceramente a banda sonora. Gostei da envolvente do filme, o facto do Grey ser multimilionário ajuda muito, as coisas que pôde proporcionar à Anastacia... isso sim, são essas partes dos livros e no filme que me prenderam. Agora o resto? É isso mesmo, resto.
Tinha deixado o segundo livro ao abandono aí nas páginas 100 e qualquer coisa. Agora voltei à leitura, mesmo só naquela de saber o que irá acontecer. Tenho esperança que ele ganhe juízo e possa ter uma relação "normal".

vídeo retirado do youtube - uma das minhas músicas preferidas do filme.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Da Revolta!!!

Sou uma pessoa revoltada. Talvez este sentimento advenha do facto de ser tremendamente observadora e tento (sempre) ser o mais justa possível. Daí que, quando oiço, vejo ou me apercebo de situações anómalas, o meu corpo grita. Os meus poros expressam o que sinto cá dentro.
Há pouco tempo ouvi, que as novas Licenciaturas (actual Bolonha) são o antigo 12º Ano. Fiquei chocada. Óbvio que para quem estudou durante 4 ou 5 anos, ver o curso diminuir para 3, pensa que agora qualquer um lá chega e faz aquilo com uma perna às costas. Totalmente em desacordo. 
Acho que não se pode olhar para as coisas pelo olho que melhor vê, ou que melhor interessa ver.
Estas pessoas a quem ouvi estas frases espectaculares, confesso aqui, que a que mais admiro é que "hoje em dia qualquer um faz uma Licenciatura". Eu não acho que seja bem assim, e terminei a minha há pouco mais de dois anos.
Na altura que saí da escola para trabalhar, não tinha o 12º ano concluído por causa de matemática. Os exames nacionais eram de tal ordem complicados que eu nunca consegui fazer a disciplina. Achei que andar lá não sendo proveitoso, só me estava a desgastar e estagnar. Nessa altura fui trabalhar quando as aulas acabaram e acabei por ingressar num Curso Técnico de Gestão. Curso este onde aprendi o que era a vida do trabalho e os conhecimentos técnicos, uma vez que era formação Dual.
Houve quem achasse que o Curso merecia ter equivalências a Bacharelato (foi em 1999-2001), dada a complexidade das temáticas. Terminei-o orgulhosamente com média de 15 valores. Nunca fui para a Universidade porque isso por si só nunca me disse nada. 
Mal terminei o curso técnico comecei a trabalhar. Ainda assim, fui o terminar o 12º à noite. Fui andando, desenvolvendo trabalho em diversas empresas, até que vim parar à empresa onde estou (há mais de 9 anos). Nos entretantos, e como sou dada a imensa preguiça, fui tendo outros empregos em simultâneo, e no último que tive, surgiram umas amigas e colegas a dizerem que se iam inscrever no ensino superior e que eu devia ir também, que era uma pessoa com imensa capacidade. Meia a brincar e sem qualquer expectativa (acho que é mesmo o segredo para as coisas correrem bem), lá fui e de todas, fui a única que o começou e terminou. Entrei para a primeira opção (Recursos Humanos em Pós Laboral). Dado que no primeiro ano do curso ainda estava com dois empregos, tive de repetir o ano, se bem que fiz algumas cadeiras sem conhecer os professores. Fiz o curso em 4 anos, outros colegas meus conseguiram em 3, éramos trabalhadores estudantes. Eu estava a 55 kms da Universidade. Foram 3 anos (nem conto com o primeiro) muito intensos, de um esforço tremendo, de muito trabalho, sem qualquer facilitismo, sem qualquer mão beijada. Partilhei muitas vezes com colegas meus, que se tornaram amigos, que fez todo o sentido ir tirar a Licenciatura depois de ter contacto com a realidade profissional. Muitos colegas foram ficando pelo caminho, alguns pelas dificuldades da matéria, outros por outras razões.
Não se deve avaliar as coisas só porque agora é menos tempo, pois é, mas os cursos foram reformulados e há cadeiras semestrais onde é leccionada a matéria de um ano inteiro.
Esta malta que canta de alto, andou lá 4 ou 5 anos, mas não faziam mais nada da vida. Tinham os papás que lhes proporcionavam uma vida simples e de estudos. Acho muito feio, quando  oiço este tipo de considerações. Antes de proferirmos determinadas coisas, devemos parar, pensar e só depois emitir juízos de valor.
Porque afinal o Bolonha pode ter diminuído o tempo dos estudos, mas o Pré-Bolonha também não lhes ensinou de forma perfeita a serem profissionais de excelência.
Sim, sou revoltada. E serei sempre. Enquanto presenciar situações com as quais não concordo, manifestarei o meu total desacordo.