quinta-feira, 30 de junho de 2011

Livro de Reclamações II

que o dia não tinha começado nada bem. Terminou pior ainda.
Eu não estou danada, eu estou altamente fodida com isto do imposto sobre o subsídio de natal. Farto-me de trabalhar, de pagar impostos, multas, portagens e tudo aquilo que sou obrigada e vêm estes filhos da puta que não têm outro nome sacar-me parte daquilo que é meu por direito porque trabalho?
O dinheiro do subsídio para mim e para tantos outros como eu, serve para pagar contas. Serve para colocar o carro na revisão, para pagar propinas da faculdade onde estudo. Já me deixei de consumismos desenfreados há muito tempo só porque é natal. E este ano a coisa está muito pior.
Poupem com as despesas deles. Comprem menos carros topos de gama, durmam menos em hotéis caríssimos, comam em restaurantes mais em conta, não comprem tantas flores para decorarem os palácios, tenham menos guarda-costas. Só nestas pequeninas coisas poupavam para cima de um balúrdio. Mas agora posso atirar umas pedras (e daquelas da calçada), eu bem sabia. Votaram no Passinhos agora aguentem-se. Nesta altura está o Socrátes a rir à gargalhada com isto tudo. Porque era aldrabão e vigarista e tal e coiso mas sabemos todos que este não é melhor. Nem há um mês está no poleiro e já canta desta maneira.
Apetece-me desistir de tudo. Da escola, do trabalho e de tudo. Só para deste modo não me roubarem mais. Não terem hipóteses de andar a gozar com a cara dos cidadãos. Com a minha cara.

O dia não começou grande coisa,

primeiro que tudo mal saí à porta de casa, estava um gato morto na minha rua. Aquilo impressionou-me de tal maneira que senti um nó na alma do piorio. Chego ao trabalho, abro o mail da turma e deparo-me com a pior negativa de todos os tempos no exame que fiz a semana passada. Tive 5. Ninguém tem 5, pá. Sinto-me mesmo burrinha. Agora só faltam 3 notas, assim sendo, e como o dia não está grande coisa, vamos ver se não recebo mais nenhuma hoje, se não com o mau presságio que por aqui anda, bem sou capaz de me atirar da ponte quando for pra casa ao final do dia...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Aquele Estranho... Parte VII

O tempo voou. Conversámos e conversámos sem que os assuntos se esgotassem. Ele ouvia-me atento e acho que sentia ali a mesma afinidade que eu e no fundo não acreditava que pudesse existir entre nós.
Foi muito especial aquele jantar. Tão improvisado, tão simples e tão bom. É nestas alturas que apetece parar o relógio e viver aquele instante em repeat.
Eu não sabia que tipo de intenções tinha. Sempre me respeitou mas ao mesmo tempo era a segunda vez que nos estávamos a ver. Eu não queria precipitar nada no entanto foi inevitável não nos envolvermos. Sempre o mesmo medo de falhar. De somar mais um fracasso. Eu estava tão nervosa, sentia um medo misturado com uma adrenalina imensa. Depois de terminarmos de jantar eu comecei por levantar a mesa e quando estava a preparar para lavar a loiça ele colocou-se estrategicamente atrás de mim. Cheirou-me o cabelo, abraçou-me e de uma forma ternurenta percorreu o meu corpo com as suas mãos enormes. Eu ainda lhe perguntei o que estava a fazer mas ele não me respondeu. Virou-me para ele e ficámos a olhar um para o outro em silêncio. Esticou o dedo indicador da mão direita e passou nos meus lábios segredando-me ao ouvido: “Este é o nosso momento! E é tão bom estar aqui contigo!”.
Eu não proferi nem mais uma palavra. Deixei tudo como estava e levei-o para a sala. Sentei-o no sofá e seduzi-o de uma maneira que há muito ansiava. Desejava-o de uma forma muito especial. Ele revoltava cada um dos meus poros. Entregamo-nos de um modo intenso e sem dúvida foi uma primeira noite muito especial.
 - Não acredito que estamos aqui os dois… - dizia-me ele com um sorriso de menino.
 - Pois mas estamos. Se tu não acreditas eu ainda menos consigo conceber este momento. Agora é a altura certa para pararmos os relógios e ficarmos assim a olhar um para o outro até nos cansarmos. O que dizes?
 - Por mim tudo bem. Não me importo nada. E de manhã quem se levanta para ir trabalhar? Ainda falta um dia de trabalho para o nosso fim-de-semana. No entanto vai passar num instante e vai ser óptimo poder sair daqui contigo. Passear de mão dada e gritar que me saiu um peso de cima. Não aguentava mais viver longe de ti. Quero tanto conhecer-te e partilhar o meu mundo contigo.
 - Não digas essas coisas todas assim só porque acabámos de fazer amor. Não existe nenhuma obrigatoriedade de nos relacionarmos seriamente. Amanhã quando acordares provavelmente já nem te lembras de mim nem o que se passou aqui. Nós somos completamente diferentes. Sentíamos uma forte química e fisicamente atraiamo-nos mas nada te obriga a quereres partilhar o teu mundo.
 - Não digas asneiras. Tu não sabes nada do que eu sinto. E pelos vistos não estás interessada em saber. Achas que tenho ar de quem vai atrás de uma miúda só porque me atrai? Achas mesmo que sou assim? Que gosto de estar sozinho e de me divertir com miúdas? Pois se pensas que sou assim estás muito enganada. Tenho a dizer-te que me estás a dar a primeira desilusão.
 - Vamos já discutir no primeiro encontro? Por mim é indiferente. Só te estou a dizer que não tens de ficar com o peso de nada que te ligue a mim. Ambos temos as nossas vidas bem distintas. É só isso que te estou a tentar dizer. Não quero virar o teu mundo ao contrário com exigências e planos. Muito menos quero a cena do “happilly ever after” – interrompe-me abruptamente, abre-me os olhos e diz: - mas devia ser isso que querias. Porque é isso que eu quero contigo. Quero construir algo que mude as nossas vidas. Os dois juntos. Pode parecer precipitado, mas eu adoro-te desde as primeiras vezes que te vi. Fico nervoso quando te encontro. Fico feliz quando te vejo sorrir. É isto que sinto. E quero que faças parte do meu mundo. Quero que façamos parte da vida um do outro. À séria. (silêncio)
Adoro dar boas noticias. E estou feliz porque acabei de dar uma.

Sobre o Angélico,

Não tenho nada para dizer. Simplesmente li estas palavras e subscrevo-as inteiramente. Nada mais há a acrescentar.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sobrevivi ao Bike Tour

Só tive pena de não poder levar a Eos. Mesmo. Mas não dava. Já foi difícil andar com a mochila às costas e tudo mais. Quanto mais ainda levar um maquinão daqueles ao pescoço. Tirei apenas duas ou três fotos com o telemóvel e pronto. Não foram 7kms, foram 12. E eu aguentei até ao fim. Parei apenas por 2 ou 3 min para restabelecer a respiração. De resto, sempre a pedalar. Gostei muito. Obrigada ao meu querido N. que me acompanhou nesta prova. Adorei ter conseguido superar. Agora resta voltar a sentar-me na Bike (mas só daqui a uns dias - ainda estou em recuperação das partes baixas).

sexta-feira, 24 de junho de 2011

dos dias longos e do tanto que ainda tenho para fazer...

Não gosto quando me falta a inspiração. Instala-se um vazio cá dentro e eu não gosto disso.
Mais logo tenho o primeiro de 3 exames que deixei para Avaliação Final. Não posso nem quero chumbar a nenhum deles porque a Época de Recurso calha nas minhas férias. Não as quero estragar. Não quero estar preocupada com mais matéria para estudar. Deus me livre disso.
O de hoje penso que é o mais difícil dos 3, no entanto (e como sempre) não estudei grande coisa. Sou uma indisciplinada (confesso e assumo) e estar sossegada e quieta a estudar não é pra mim. Há sempre mil coisas a chamar por mim que não me deixam estar quieta a ler e a escrever sobre as matérias. E por falar nisso, as minhas unhas precisavam mesmo de um jeitinho e de uma pintura. Mas vou tentar aguentar-me para não me distrair.
Agora de repente veio-me ao pensamento que só tenho pela frente mais 4 dias de trabalho. E um fecho de mês. Parece pouco mas é imenso... Muita concentração e boa disposição (e máxima inspiração) é tudo quanto peço para estes dias que se avizinham longos, antes de as férias chegarem...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Como é que se Esquece Alguém que se Ama?

Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Falta 1 semana

Para o Lisboa Bike Tour.
Nem sei se estou em pânico ou se simplesmente nem deva pensar no assunto. O que é certo é que durante estes meses todos (inscrevi-me em Janeiro) não sei o rabo em cima de uma bicicleta. E agora não há volta a dar. Dia 25 vou levantar o Kit que inclui a Bike e dia 26 tenho de estar na Gare do Oriente bem cedinho...
Que todos os Anjos e Santos me protejam. Porque vai correr tudo bem!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

E agora?

Acabei de chegar da consulta de rotina de Ginecologia. Mudei de médica porque a última onde tinha ido deixou de ter acordo com o meu seguro de saúde e eu não estava disposta a pagar um balúrdio. Tudo correu dentro da normalidade, gostei da Dra e tudo. Quando estava quase a sair, ela falou-me da Vacina do Cancro do Colo do Útero. Que achava que era interessante eu pensar nisso mas que falaríamos melhor na próxima consulta. Depois disse que o facto de eu ter tido mais do que um parceiro sexual (com 31 anos) era um dos motivos pelo qual ela me aconselhava a tomar a vacina.
E eu fiquei parvinha a pensar. Até me senti uma galdéria perante este comentário. Que culpa tenho eu de as coisas não terem resultado com o primeiro? Se tivessem resultado eu só teria tido um.
Ao mesmo tempo penso em montes de miúdas que já tiveram às dezenas de parceiros e continuam por aí a variar como se o mundo fosse acabar. Não tenho nada contra mas simplesmente fico a pensar que não sou nenhum alien, antes pelo contrário, acho que na minha idade não tem mal nenhum ter tido alguns relacionamentos. Mas em termos Ginecológicos faz toda a diferença.
E vocês o que acham da Vacina do Cancro do Colo do Útero? Tirando o preço que é um escândalo (as 3 doses rondam os 450 eur), o que me dizem a este tipo de procedimento?

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quem está de volta?

A minha mais que tudo. Fofinha que só ela. Que me dá um sorriso imenso sempre que a coloco ao pescoço. Voltou a minha Eos. E estou doidinha para sair por aí com ela... Passear aos montes. Descobri, nestes dias de ausência, que vivia sem muita coisa, mas quem me tira a máquina fotográfica, tira-me tudo...

sábado, 11 de junho de 2011

Pensamentos Avulso,

Tantas e tantas vezes me sinto incompreendida. A vida já me ensinou tantas e tantas coisas pela pior forma possível. Aprendi com a experiência e acima de tudo com os erros que foram tantos e muitos deles repetidos. Mas acho que precisava passar por tudo o que passei, quer dizer escrevendo isto desta forma acho que também não era preciso tanto. Quer dizer, não sei bem. Acredito que nada acontece por acaso, logo se calhar eu precisava mesmo de vivenciar todas as coisas para aprender.
Traí, fui traída, amei e fui amada. Tão amada que tantas vezes penso que isso não se voltará a repetir. Será? Esse Amor era tão grande que acabou por morrer pelo caminho. Um caminho cheio de tormento, parvoíces e muitas mentiras. Tantas e tão graves. Os anos passaram mas sempre que me olho ao espelho lembro-me disso. Tentei passar por cima de tudo e tentar de novo. Fingir que podia esconder de mim mesma todas as mazelas que aquele relacionamento me tinha deixado. Enganei-me. As cicatrizes demasiado evidentes e profundas relembram-me em cada dia todos os momentos daquilo que foi. Talvez por isso me tenha agarrado à vida de um modo muito forte. Quero ser feliz, sem medo. Sem olhar por cima do ombro desconfiada por saber que haverá mentiras e enganos disfarçados de sorrisos cúmplices. Não, não quero mais isso. Prefiro mil vezes a minha própria companhia a viver uma mentira. A ser uma segunda opção de alguém.
Todas as lágrimas que chorei reergueram-me. Apesar de haver dias em que me deixo levar pela tristeza. A solidão instala-se e os pensamentos correm em catadupa sem haver algo que os trave. O medo, sempre o medo de não haver mais esperança no amanhã. Deixar de acreditar que ainda é possível encontrar alguém que me ame, me aceite e sonhe comigo. Me torne a ensinar o que é o Amor da forma mais pura. É disto que tenho medo. De deixar de pensar que se vai voltar a repetir, mas pelo melhor. Com muito mais coisas boas e sem enganos nem esquemas. Sem desconfianças.
Hoje passei o dia a ter pensamentos avulso. Assim confusos como este texto. Complicados e com frases tão simples. Olho ao meu redor e vejo pessoas infelizes mas que não seguem outra vida porque têm medo de ficar sós. Pessoas que são maltratadas mas que preferem isso a terem que seguir. Mudar de vida. Dizer que não querem mais ser o saco de pancada ou que não precisam viver de favores. E quando me lembro destes cenários agradeço. Muito. Todo o meu discernimento e coragem por ter seguido em frente. Porque por muitos dias de solidão que tenha, não troco a minha paz e tranquilidade por nenhuma relação podre ou morna. Não quero isso. Quero algo pleno. Algo que me motive a ir mais além. Um sorriso sincero e um olhar cheio de vontade onde o meu mundo caiba todo lá dentro. É isto que eu quero e é nisto que eu acredito.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Um Feriado

Ter assim um feriado, um dia livre que só ele é algo que já não tenho há algum tempo. O dia foi passado a estudar, a ver alguns episódios de Californication (estou a ficar viciadíssima - ainda vou na 2ª temporada) e neste momento estou aqui pregada a escrever a história do estranho. O dia está a meia hora de terminar mas foi muito produtivo. Na 2a e na 5a tenho exames e as aulas estão a terminar. Depois só faltam mais 3 exames e sinto-me assim a modos que em contagem decrescente para as férias que chegam já no próximo mês.
Tenho uma esperança e uma fé imensa de que tudo vai correr bem. Tenho de acreditar que continuo no bom caminho, apesar de tantas vezes achar que não. Hoje conheci uma pessoa muito especial e agora vou continuar a aproveitar a inspiração que apareceu aqui por estes lados para adiantar isto, que tenho a mania de fazer tudo bem feito e não quero de maneira alguma deixar de registar este momento.
Até Breve.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Feliz Dia dos Melhores Amigas,

Eu não sei como é com vocês, mas no meu caso tenho duas muito especiais. Que eu adoro e que fazem de mim uma pessoa muito mais feliz desde que as conheci.
Obrigado por existirem na minha vida! Adoro-vos Muito!

Tu, Sempre Tu

O que eu adoro os nossos encontros imediatos.
Principalmente quando vamos “juntos” para casa. Adoro, sabes que sim. Continuo sem perceber o que é isto. Que raio de coisa é esta que me faz tremer sempre que te encontro. Passou um ano. Tu sabes bem do que falo. Já deviam ter passados dois ou três para ver se te esqueço de uma vez para sempre.
Não entendo a forma como me olhas. A forma como timidamente me cumprimentas e principalmente o modo como ontem olhaste para trás. Juro que me tenho esforçado ao máximo por perceber, mas não dá. Estavas a tentar perceber se te estava a seguir? Claro que não. Não o faria. Não por falta de vontade, mas simplesmente por respeito. E como eu te respeito. Respeito-te ao ponto de te admirar, não sei com base em quê, mas acho que há coisas que não precisam de explicações… Certamente a química que nos envolve é um segredo que só nós dois percebemos. Porque há pessoas que nos tocam e revoltam tudo cá por dentro. Acho que o melhor é mesmo aceitar que és uma dessas pessoas. Tão especiais e únicas e o pior de tudo, tão difíceis de encontrar…

terça-feira, 7 de junho de 2011

Feliz Aniversário, Mãe

Hoje queria ter as palavras mais lindas do mundo para te escrever. Afinal de contas és a pessoa mais importante de toda a minha vida. Talvez um dia, exista alguém com uma importância igual àquela que tens para mim. No dia que for mãe talvez sinta aquilo que sentes por mim. Ou mais até. O que acho difícil.
Hoje quero simplesmente desejar-te um dia feliz. Completas mais um aniversário. Quero dizer-te que te amo daqui até aos planetas todos e voltar. Quero agradecer-te do fundo do coração o que és para mim. Tudo aquilo que me fazes e que não tem preço porque todo o dinheiro que existe no mundo seria pouco para te compensar. És tudo. És tudo aquilo que eu quero um dia ser para os meus filhos. Uma mãe em pleno. Com uma força e uma coragem onde cabe tudo lá dentro.
Admiro-te muito. Sempre. Todos os dias mais um bocadinho.
Mas hoje quero simplesmente dar-te os parabéns e dizer-te outra vez que te Amo daqui até aos planetas todos e voltar. Muito.
Mal preguei olho. O Teste de ontem não me correu nada bem. Não estou com a mínima fé ou confiança de que vá conseguir ter 10. E preciso de 10. Nunca precisei tanto de uma nota miserável como um 10.
Pensar que estou com 18 na parte prática e agora estar a escassos instantes de ser corrida para exame de recurso assusta-me. Muito. Principalmente quando o exame calha no meu último dia de férias. E pior que isso, é ter de repetir tudo. Doi-me o corpo todo. Precisava de desabafar. Enfim... melhores dias virão... e o que me alegra é que esta semana é mais curta. Que passem os dias... e venha o próximo...

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Aquele Estranho... Parte VI

A Isabel, designer de profissão e com um especial talento para artes, dotada de uma criatividade incrível, era uma amiga muito especial. Uma pessoa muito sensível e humilde. Para mim a humildade era característica fundamental no ser humano. Do que nos serve sermos muito bons se não somos humildes? Se não temos capacidade de estender a mão a quem precisa de nós?
Percebi na voz da Isabel que ela também queria desabafar. A sua relação com o Manel já teve os seus tormentos, daí sermos muito cúmplices nestas matérias do amor. Ela já tinha feito das tripas coração por aquele amor. Aguentou muito e perdoou, não sei se para sempre, ou pelo tempo que durar. Porque viver a dois é difícil, mas eu acredito que quem saiba perdoar, tem muito mais hipóteses de ser feliz. Porque o rancor não ajuda a sermos maiores. Porque o ceder é das coisas mais importantes, como o calar e não dar importância a pequenos pormenores, que no fundo não passam disso mesmo, de pequenas coisas que só chateiam.
Quando estava completamente envolvida no livro que estava a ler, tocou o meu telefone. Outra vez?! – Pensei eu. O nome dele apareceu no visor do telefone e eu fiquei atrapalhada, como uma adolescente.
 - Olá Alexandre…
 - Olá Catarina, como estás? Correu bem o teu dia?
 - Sim correu. Hoje dediquei-me a mim. Já fui dar a caminhada do costume. Sinto-me muito melhor.
 - E tu? Resolveste tudo com os teus clientes?
 - Sim, terminei agora. Estou a conduzir para casa e lembrei-me de ti. Hoje pensei muito na nossa noite de ontem. Correu bem, não achaste?
 - Correu muito bem. Até tenho medo de dizer isso. Eu também me lembrei de ti. – Disse-lhe eu cheia de medo do que ele ia dizer a seguir.
 - Medo? Então porquê?
 - Porque sim, sabes. - E num impulso disse-lhe – Queres vir aqui ter comigo?
 - Quero. Mas eu ainda não jantei. Preciso de comer alguma coisa.
 - Eu tenho um resto do meu jantar. Já jantei, mas faço-te companhia, se quiseres.
 - Vou aceitar. Gostava mesmo de te ver hoje. Tive um dia em cheio. Podes explicar-me como chego até aí?
 - Sim, vou-te dar a morada. Calculo que tu ou o teu carro tenha GPS (risos). No entanto, qualquer coisa ligas e eu explico-te. Sabes que eu sou muito desenrascada. O GPS a mim faz-me um pouco de confusão. Mas isso sou eu…
 - Beijo grande. Até já…
E assim foi. Enquanto o diabo esfregou um olho, estava ele a tocar à campainha. Num instante meti um prato na mesa e lhe aqueci uma sopa e o resto de carne assada que tinha jantado com salada.
 - Então seja bem-vindo ao meu humilde lar… - disse-lhe eu…
Esticou-se e deu-me um beijo na cara. Depois enrolou os dois braços à volta das minhas costas e abraçou-me. Fiquei a tremer. Correspondi-lhe mas ao mesmo tempo não estava a perceber o porquê daquele gesto de afecto. Como se fosse preciso explicar. Foi um impulso.
Olhámo-nos depois daquele tempo em que os nossos corpos se colaram num abraço perfeito. Todo o tempo parou em meu redor. Só havia aquele olhar diante de mim. Aquele sorriso lindo. Aquela expressão mágica. Estiquei-me para ele e beijei-o na face também. – Obrigado por teres vindo. Alegraste ainda mais o meu dia. – Retribuí.
 - Ah então tu sempre escondes aí qualquer coisa boa. Estou a ver que tens alguma dificuldade em mostrares o teu lado mais sensível. Mas não te preocupes porque eu vou tentar sempre com que ele ande à vista. Pelo menos comigo…
 - Anda jantar. O teu mal é fome. Já estás a falar muito. Senta aí. Eu faço-te companhia e depois acompanho-te na sobremesa. – Sorri.
 - Hummm e eu posso saber o que é? A sobremesa? Eu pensava que tu eras a minha sobremesa. Afinal há mais qualquer coisa para além de ti… Olha que me habituas mal. – Parecia um miúdo a sorrir. Como se tivesse recebido o presente pelo qual esperava há muito tempo, por bom comportamento.
 - A sobremesa é um doce que eu fiz, com bolacha e café. Simples mas delicioso. Mas não sei se to dou. Chegas aqui, queres jantar e ainda sobremesa? Pensas que isto é a pensão? – Acho que ele acreditou que eu estava a falar a sério. Ficou com a sobrancelha meio arrebitada e olhou-me de um modo diferente.
 - Se calhar o melhor é levantar-me e ir embora. Não te parece? Achas que isso são modos de me tratares?
 - Eu estava a brincar. Achas que te negava o que quer que fosse?
 - (sorri) Fico contente por conseguir assustar-te. Como vês não és só tu que sabe fingir um ar sério. Eu também - quando quero - sei ser muito mau. Aliás, tu conheces bem o meu ar que impõe respeitinho. Durante todos estes anos não conheceste tu outra coisa, ou vais desmentir-me?
 - Sem dúvida. Ainda hoje se ouvir os teus gritos me encolho toda. Mas comigo tu nunca gritaste, aliás, tu comigo até colocavas o teu melhor sorriso, ficavas meio tímido quando passavas por mim, e quando eu ia falar contigo por qualquer motivo, tu ficavas com receio, que eu bem senti. Por isso acho que sei lidar bem contigo. E não tenho medo nenhum dos teus gritos. Acho que é uma forma de te impores e por um lado acho bem. Quando se trabalha com muita gente, e pessoas de todos os tipos como é o teu caso, é preciso incutir-lhes disciplina. Caso contrário as pessoas abusam. Vejo isso pelo meu exemplo profissional. Há muitos dias em que se instala uma confusão que só visto. Se tivéssemos assim alguém rígido a coisa acabava por acalmar. E as pessoas não esticavam tanto a corda.
 - No meu entender as pessoas não sabem separar as coisas. Interpretam tudo como uma questão pessoal. Se eu um dia lhes dou mais confiança, eles passado uma hora ou duas acham que eu sou um amigalhaço que podem levar para beber uns copos e comer uns amendoins. Entendes? Por vezes é necessário não nos darmos, mesmo que até gostemos das pessoas, mas não se pode ultrapassar a barreira da confiança. Porque mais tarde vamos arrepender-nos.
...

Parabéns,

Ontem andei aqui às voltas para te escrever e acabou por passar. Tinha a cabeça no exame que vou ter hoje de Gestão Orçamental. E em ti. Que és muito mais complexo que um Orçamento. Que dás mais trabalho do que uma Análise de Desvios. Mas agora escrevendo a sério. Parabéns.
Ontem tanto não me saíste da cabeça que acabei a sonhar contigo. Coisas parvas como é costume. Por vezes tenho umas coisas estranhas dentro de mim. Sinto que te conheço mais do que aquilo que parece e mais até do que aquilo que sei... Não quero nada e espero menos ainda, no entanto, ainda penso em ti. Não sei se te gosto ou se te odeio, se sinto raiva ou se simplesmente não sinto nada. É isso. É um misto de coisas. O pior é tudo aquilo que guardo aqui dentro e que nunca te disse. E gostava de ter tido oportunidade para isso. Nem que fosse um segundo apenas, encostava-te à parede e pedir-te-ia que nunca mais me olhasses. Assim. Daquela forma embevecida. O teu sorriso... O teu olhar... Tu... Um dia feliz, é tudo quanto te posso desejar...

domingo, 5 de junho de 2011

Das Eleições

Não estou contente. Nem de perto nem de longe. Pela primeira vez hoje, desde que posso votar, nunca estive tanto tempo diante do papelucho. Não sabia onde colocar a cruz. E agora, depois de ouvir todos estes gajos falarem, arrependo-me do meu voto. Devia ter votado em branco.
No entanto sei de uma coisa que me tranquiliza. Não me arrependo de não ter votado no Passos. Acho que vai ser pior a emenda que o soneto. Digo eu, que nada sei...