domingo, 15 de julho de 2018

O que não se diz da Maternidade

As hormonas realmente andam à flor da pele.
Nunca me lembro de chorar tanto e por nada, sem hora. Não tenho problema nenhum em admitir que os primeiros tempos com a minha filha nos braços, foram muito difíceis.
Fisicamente estava de rastos. Mal me consegui sentar por quase dois meses. Não sei se foi da força, se do corte que levei, sei que o simples acto de me sentar era um suplício. Não falando que nas primeiras semanas andar, só mesmo como uma pata choca a quem deram uns pontos a mais no rabo...
Neste momento consigo brincar com alguns momentos que vivi, mas naquela altura nem tinha essa capacidade.
O Inverno não ajudou muito. Chuva e frio quanto baste. Dias a fio fechada em casa não ajuda nada a uma recuperação pós-parto. Emocionalmente estava como nunca me senti. Não era eu. E sentia uma culpa enorme. Porque o que eu mais queria era ser mãe, tinha a minha filha nos braços, linda, perfeita e de saúde e o meu estado era tudo menos alegre. Parece uma contradição mas era o que sentia. Hoje, com esta margem de tempo, sei que tudo isso era fruto do parto e das hormonas. Feliz de quem não tenha estes sintomas e consiga estar em êxtase a viver esta fase.
A amamentação. Neste campo até nem tenho muito a apontar. A minha filha mama e sempre mamou muito bem. Mas a verdade é que as mamas ficam muito sensíveis. Lembro-me, nos dias que tive internada, andava com a camisa de dormir aberta pelos corredores. Sem vergonha. Mas qual vergonha? Depois de ter não sei quantos médicos a meter a mão para ver se a miúda estava a caminho da saída, que mal tem umas mamitas de fora? A complicação que tive associada à amamentação foram os durões numa mama. É horrível. Mas felizmente consegui resolver em casa, sem intervenção médica. Com muitas massagens, água quente e depois ervilhas congeladas e uns benurons.
O peso. Ora isso para mim acabou por não ser um problema. Ganhar peso é que está a custar mais. Quando engravidei pesava 60kgs. A última vez que me pesei antes de ir para o hospital pesava 73. Quando regressei a casa já pesava uns 57. E foi sempre a descer. Neste momento peso uns 52, bem arredondados. Não estava tão magra há muitos anos. Nem as cuecas me servem. Tudo me escorrega...
O cabelo. Pois, esse é um dos meus maiores problemas. Estou com imensa queda. E como continuo a amamentar, nada posso fazer. Nunca mais o estiquei. Tento tocar-lhe o menos possível na esperança de o conservar ao máximo...
Resta-me dizer que apesar das dificuldades não há nada melhor do que olhar para esta menina e ver o seu sorriso. Mesmo quando acorda de noite e eu levanto-me para lhe dar mama, volto a deitá-la e depois fico a pensar que ainda a tenho no colo... o cansaço é muito em alguns momentos, mas o Amor por este bebé supera tudo. 

sábado, 14 de julho de 2018

Posts em atraso #1

Pois é, há muito que sinto vontade de voltar a escrever mas cuidar de um bebé é tão absorvente que não deixa muito tempo para tudo o resto...
A minha filha já tem 6 meses. Já come sopa, fruta e papa. Mas a verdade é que a refeição preferida continua a ser a mama. Quem lhe tira o leitinho, tira-lhe tudo.
E eu?! Bem, eu estou um esqueleto com pouco mais de 50 kg. 
Espero conseguir voltar às lides da escrita. Aos poucos há que encaixar os hábitos antigos nesta nova vida. Muito mais exigente, mas com um sabor muito mais delicioso.
A propósito, a minha bomboca é linda, linda, linda. 

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

41 semanas e 1 dia - 10.01.2018

Será sempre uma data inesquecível para nós. 
O dia em que a nossa filha chegou ao mundo. Depois de um internamento pela manhã no dia anterior, depois de tanta hora de espera, de tanta dor, tanta respiração para atenuar as contracções que chegaram a ser de 3 em 3 minutos, sem a dilatação ser mais de dois dedos de meio, até 15 minutos antes dela nascer... Muito há que contar sobre o nascimento desta minha menina, post que ficará para outro dia. Não quero deixar de salientar a magnífica equipa médica que me acompanhou em todo aquele tempo. Quatro dias de internamento foi o meu record. 
Consola-me o facto dela ser perfeita e saudável, estar a crescer bem com o meu leitinho.
Claro que chora muito, tem cólicas e muita manha. Eu, derretida como tudo, não a consigo ouvir chorar muito tempo, vou em seu socorro e quando a crise é muita, dou-lhe colo. Faço o meu melhor para lhe proporcionar o máximo conforto. O segredo é apenas ter a máxima paciência e levar cada momento como único. Só assim se consegue atenuar a culpa. Sim, o peso da questão de fazer tudo bem ganha uma dimensão imensa.
O Amor é realmente o sentimento mais importante do mundo e neste caso concreto não há palavras para descrever a imensidão do que guardo no peito por esta menina.
Só quero que estejamos juntas para sempre e que ela seja sempre muito feliz.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

5 de 365 - 2018

40 semanas e 3 dias. Não me espanta que a minha filha não queira nascer, porque quem sai aos seus... já diz o ditado.
Por aqui continuamos em modo espera e o limite é o próximo dia 9 Janeiro, caso não haja qualquer alteração até lá, damos entrada no hospital e ela será convidada a sair.
Nos dias de hoje não esperam até às 43 semanas como a minha mãe teve de esperar por mim, porque deviam contar-se pelos dedos os partos que eram provocados. Era a natureza a realizar o seu trabalho e pronto.
Mas está tudo bem, o peso é imenso (estou 13 quilogramas mais pesada) e a diferença que isso faz?! Mas também acredito que acontece pelo facto de estar todo concentrado numa só zona... continuamos em modo “Zé sempre em pé”, mas muito felizes.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

1 de 365 - 2018

Por aqui continuamos em contagem decrescente. 
Amanhã completamos 40 semanas de gestação e atendendo ao histórico da mãe e do pai, a nossa menina não está com grande pressa de vir ao mundo. Confesso que estes dias me têm custado horrores. Esta noite muda a lua, a ver vamos se provoca algum efeito e a nossa menina nasce entretanto.
Vai ser com certeza um Feliz Ano Novo! A começar da melhor forma.