sexta-feira, 29 de abril de 2011

Perfeccionismo (eu tenho aos montes)


Sou perfeccionista por natureza. Em tudo o que faço. Na coisa mais ínfima e insignificante. E acabei de fotografar um almoço aqui do trabalho e fiquei triste por algumas das imagens não ficarem perfeitas.
O espaço em si não ajuda muito. Aquele Restaurante é forrado a branco, tem muita luz branca. E o restultado final não foi o melhor.
Sim, tenho a mania de fazer sempre tudo bem feito. Pelo menos dou sempre o meu melhor nesse sentido.
Para a próxima já não me apanham... Vou estudar melhor este caso para que não se volte a repetir.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Páscoa, no Alentejo

Sabe sempre a pouco ir ao Alentejo. Apesar de eu adorar o regresso a casa. Mal entro no carro fico com um aperto no peito. Olho em redor e digo baixinho "até breve". Porque é dessa forma que sinto. Que é apenas um "até já". Choveram muitos metros cúbicos de água e gelo também, mas o cheiro daquela terra arrepia-me sempre. Ali estão as minhas raízes mais puras. Ainda houve bailarico para dar um pezinho de dança. Sou sempre feliz naquele lugar. Sempre.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Aquele Estranho... Parte IV

...
Estacionei à porta de casa. Por milagre estava um lugar à minha espera. Vim acompanhada de um sorriso parvo. Só pensava nele. Aquele cheiro delicioso que é tão dele, aquela espontaneidade tão característica. E as saudades que eu tinha de sentir esta magia. Queria muito esta oportunidade. Só queria fazer as coisas bem-feitas, pelo menos enquanto durasse que fosse bom.
Chegada a casa não me apeteceu estar a ligar-lhe. Escrevi-lhe uma mensagem apenas a dizer que tinha chegado bem e que ia dormir. Agradeci-lhe também o facto de ter aceite partilhar o crepe comigo, assim não me pesava tanto a consciência por ter ingerido tanto doce sozinha.
Ele respondeu-me dizendo simplesmente que foi um prazer. Que poderíamos partilhar mais coisas daqui para a frente, se fosse essa a minha vontade. Despediu-se com um até amanhã…
Andei às voltas na cama sem ter a mínima vontade de dormir. Tentei por tudo não pensar, mas era inevitável. Tinha sido surreal. Peguei num livro e comecei a ler para ver se o sono descia sobre mim. De manhã ia custar-me horrores levantar, mas não queria saber. Ao fim de umas três páginas o João Pestana foi chegando de mansinho. Tirei os óculos, coloquei o livro para o lado, desliguei a luz e adormeci.
O despertador tocou pelas 6.30h. Abri os olhos de repente. Achei que tinha sido um sonho. Que a noite anterior tinha sido invenção da minha mente. Entrei no duche e quando saí vi que tinha uma mensagem no telefone.
Bom dia. Deixo-te o meu beijo e o desejo que tenhas um dia muito feliz. Hoje vou estar fora de Lisboa o dia todo, mas quero que saibas que te levo comigo nos meus pensamentos. Até logo.
Sorri. Agarrei o telefone e ri-me. Não tinha sonhado afinal de contas. Ele não se tinha esquecido de mim. Respondi-lhe dizendo que tinha gostado muito da sua companhia e que tipo de roupa era necessário para o fim-de-semana.
Tudo simples. Ficas bem com qualquer coisa. Apenas para o jantar é necessário algo mais formal, mas nada de especial. Já estou com saudades.
Despedi-me com um simples: tem um bom dia e continuei a despachar-me para ir trabalhar. Dancei em frente ao espelho, como se ele estivesse ali e me acompanhasse em cada movimento. Aquele sorriso encantador não me saía da cabeça. Vesti-me, tomei o pequeno-almoço e saí para o trabalho.
No caminho ligou-me a Rita, à espera das últimas novidades. Até tinha medo de falar no que quer que fosse. Não fosse haver algo e tudo mudaria de um momento para o outro. Mas com a Rita era diferente, não lho podia esconder. Apenas lhe disse que íamos de fim-de-semana, depois quando eu voltasse aí sim iríamos encontrar-nos e falar com mais calma. Senti-a aos pulos do outro lado da linha.
A Rita tinha sido das poucas amigas que ficaram na minha vida. Que o tempo não levou. Fomos sempre unidas. Estávamos separadas por duas centenas de Quilómetros mas nem isso fez com que as circunstâncias da vida nos separassem e admirava-a muito por ser uma miúda do campo, mas com uma garra imensa para o trabalho e para a vida.
E por falar de amigas não podia jamais esquecer-me da Isabel. No fundo contava apenas e só com estes dois seres, ou melhor três, não podia esquecer o meu querido Artur, claro. Os meus três grandes amigos. Mas quantidade nunca foi sinónimo de qualidade, logo não me importava minimamente com isso. Quantas pessoas estavam rodeadas de amigos e nos momentos em que mais precisavam estavam sós? Ou quantos não se sentiam sozinhos no meio de multidões? Eu tinha poucos, mas bons e daqueles verdadeiros como há tão poucos por aí.

Amo este Blog

Adoro a SMS, a sua escrita, admiro-a como mãe e acima de tudo pelas histórias que nos traz, sempre.
Aconchega-me a alma ler as suas palavras, emociona-me muito e abre-nos os olhos tantas e tantas vezes.
Obrigada por existires, e pelo dom que tens com as palavras.
Cócó na Fralda, uma paragem obrigatória. Todos os dias.

P.S.:A história de hoje, arrepiou-me dos pés à cabeça. Como ela diz e bem, "Serve para mostrar como a maior parte das nossas merdinhas não são mais do que isso: merdinhas".

Da minha vida,

Se houvesse um dia que pudesse arrancar do calendário, esse dia seria hoje. Apagava-o para sempre, sem hipótese alguma de o voltar a repôr...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Adoro passear. Não gosto de chuva. Melhor, gosto mas quando estou em casa e não preciso de sair. Adoro conversar, mas não gosto quando não me entendem. Ou quando não são meus cúmplices nas palavras. Adoro sair para fotografar. Não gosto que me apressem. Também não gosto quando me chamam e depois não esperam por mim. Adoro conhecer pessoas que me surpreendem pela positiva. Odeio expectativas. Porque normalmente cai sempre tudo por terra. Adoro sorrisos mas não gosto quando me seduzem e depois se escondem. Detesto.
Adoro comer. Mas não gosto de pensar que a minha barriga está cada vez mais evidente. Sou preguiçosa, mas às vezes gosto que puxem por mim. Gosto de ceder, mas também gosto que me façam vontades. Adoro o mar e a praia, mas não gosto do vento em demasia. Gosto de boas surpresas que chegam do nada. De pessoas que sabem o que querem e o que não querem. Não gosto de falsos sorrisos e de pancadas nas costas. Detesto cinismo e pessoas que não agem. Que se escondem atrás de si próprias. Gostos de actos e de acções. De força de vontade e de arregaçar mangas. Não gosto de fingimentos e hipócrisias. Gosto de ir, mas adoro voltar. Gosto de cumplicidades, mãos dadas e de olhares que falam, em silêncio.
Gosto, Detesto e Adoro. Tantas outras coisas...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

...

Ainda há dias em que me tiras o sono.
Apareces de mansinho nos meus sonhos e sorris. Desarmas-me por completo. Eu finjo não perceber. Sustenho a respiração e tento focar-me no que existe para lá de ti, que é tudo. Toda a minha vida, todos os meus sonhos e todas as minhas esperanças.
Podia dizer-te que não há espaço na minha vida para ti, mas sabes que não é verdade. Tento focar-me nisso para não pensar. Para esquecer que ainda tenho sentimentos por ti. Que me apareces sempre que deito a cabeça na almofada, na hora de descansar. Tento sempre não pensar que te recebia de braços abertos, se viesses ao meu encontro. Acolhia-te em mim e deixava que revoltasses este meu mundo, tão desalinhado, pequeno mas bastante controlado por mim.
Tenho saudades tuas, era apenas o que queria que soubesses. Muitas. Daqui até aos planetas todos e voltar.
Mas eu sei que isto vai passar. E um dia tudo ficará bem. Quem sabe não será já amanhã...

sábado, 16 de abril de 2011

Enlouqueci,

Pedi à minha amiga e cabeleireira que me cortasse um bom bocado do cabelo. Ainda não sei se me arrependi. Ainda não tenho sentimento definido à cerca deste meu novo look. Sei que me deu um ar e ela fez parte do que lhe pedi, porque mesmo que lhe tivesse pedido pra cortar mais, ela não alinhava. Porque parte deste cabelo é dela.
Amanhã espero acordar cheia de inspiração para estudar. Mais um Exame na 2a feira. Vai correr bem. De certeza absoluta. Nem que seja pelo cabelo que deixei no chão do Salão. Hoje enlouqueci um bocadinho, e soube-me bem.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

As minhas Ritas,

As minhas Ritas são tão diferentes uma da outra, mas igualmente especiais.
Uma é mais para o louro dourado e a outra é mais morena. Hoje de manhã dizia-me que estava com a pele amarelada (a morena). A outra não sei de que cor anda porque ainda não falei com ela. Mas não vivo sem elas. Uma é do Centro e a outra vive aqui pertinho.
Uma conheço há muito tempo, quase antes de ambas existirmos e a outra conheço há uns 6 anos. Como o tempo passa, realmente. Ainda ontem lhe disse que encontrei uns emails de 2006. Parece que foi no século passado, mas não foi. O que é de realçar é que eu não vivo sem as minhas Ritas. Duas amigas diferentes e ao mesmo tempo tão especiais. Pessoas que estão ali para mim. Para quando preciso e para quando não preciso. E deus queira que não precise de nade  e mesmo assim sei que estarão ali. Porque as amizades são muito mais do que esperar coisas em troca. As amizades acontecem em troca de nada. Por afinidade. Por gostarmos das pessoas apenas e só pelo que são. Pela preocupação que têm para connosco. Porque sim.
A Rita loura para o ano vai casar e já me pediu que a fotografasse. Com a outra ando meia desencontrada, mas temos apalavrado umas fotografias à menina dela (que é linda que dói e tem um sorriso absolutamente irresistível). Mais do que as fotografias, quero sentar-me com ela a lanchar. Sardinhas, esse bolo tão especial em Sesimbra, a terra onde ela cresceu.
Não vivo sem as minhas Ritas. Cada uma à sua maneira. Cada uma com lugar cativo no meu coração. As minhas Ritas são absolutamente magníficas. Lindas e fofinhas. Umas amigas e tanto, as minhas Ritas…

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sou Revoltada e tenho motivos,



Pois é, ontem quando ia para a escola, para mais um momento de avaliação, desta vez de Gestão Orçamental, senti um aperto estranho no peito. Sentimento esse que surgiu do nada. Achei estranho, mas segui em frente. Refugiei-me sozinha na biblioteca durante bastante tempo até que chegaram outras colegas. Resolvi dois dos exercícios bem complicados, e sozinha tentei perceber ao máximo como aquilo funcionava. E percebi.
Ao final da tarde juntei-me a outro grupo de colegas que vieram directamente do trabalho, para ver se lhes podia ajudar de algum modo e aprender também mais qualquer coisa. Assim foi até às 21h.
Quando os professores me apresentaram o teste fiquei radiante. Era bem mais fácil do que aquilo que eu tinha treinado pela tarde. Fiz tudo em pouco mais de 1h e saí tranquila da vida. Venho para casa mais morta que viva, porque em dias de teste, o meu corpo sente-se como se tivesse sido apedrejado. Por muito que tente, os nervos apoderam-se de mim e só quando aquilo tudo termina é que volto à normalidade.
Conduzo até casa e quando estava bem perto sinto os outros automobilistas a fazerem sinais de luzes. Percebi que a BT estava “in the house”, mas não pensei que um Radar estivesse localizado pelo sítio onde passei. Fui apanhada em excesso de velocidade. Ultrapassei em 4 Km/h o limite que eles estavam a verificar. E pimbas, passa para cá 120€. Não passei ainda que não quis pagar, mas tenho até ao 5º dia útil para pagar e levantar a carta nas instalações da BT, depois disso, tenho de ir ao Governo Civil de Setúbal e é se quero.
O senhor guarda foi querido. Não posso dizer o contrário. Mas quem é apanhado pelo Radar não tem perdão. E eu aprendi. A partir de agora é tolerância zero, porque 120€ custam-me muito a ganhar. O país está em crise, mas tenho a opinião de que devem ir atrás dos verdadeiros criminosos. Fazê-los pagar em dinheiro todos os crimes que cometem, porque quando vão presos, quem tem de suportar todos os custos inerentes a essa estadia somos nós. E para esse peditório, estou eu farta de contribuir.
Agora é muita atenção aos sinais e ao conta-quilómetros e o resto é conversa. Depois admiram-se que eu seja revoltada. Não tenho motivos para ser diferente…
Imagem: Google Imagens

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Weheartit.com

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ter Palavra,

Sou de ideias fixas. Sempre fui. Desde que me lembro de ser gente. A minha palavra sempre foi das coisas mais valiosas. Ontem veio-me à memória um episódio que ocorreu lá pelo ano 2000. Andava a tirar o Curso Técnico e a dada altura a professora de Gestão Comercial resolveu marcar um teste e ninguém concordou com ele. Prometemos todos, depois da distribuição da prova, levantarmo-nos e sair da sala. Eu inclusive tinha estudado. Mas prometi não a fazer. E assim cumpri.
Com a prova à frente, olhei em meu redor e vi todos os meus colegas com ar de medo. Pânico até. Eu estava com um peso na garganta aterrador, mas não voltei atrás. Tinha dado a minha palavra e havia de honrar o que havia dito. Todos encolheram os ombros. Mas eu não. Entreguei a prova em branco e saí da sala. Fui a única. Sem remorsos ou medo do que pudesse vir a seguir. A professora percebeu nitidamente de que material eu era feita. Ainda hoje temos o contacto uma da outra. E desde esse dia eu acho que ela ficou a gostar ainda mais de mim.
Não tive qualquer consequência por ter levado a minha ideia avante. Mais tarde deu-me um tema para fazer uma pesquisa e apresentar aos meus colegas. Correu bem e tive uma nota normalíssima. Não fui penalizada. Fui chamada ao Responsável do Curso sim e expliquei-lhe os motivos pelos quais me neguei a fazer o teste.
Hoje dá-me vontade de rir ao recordar-me. Porque a minha personalidade há 11 anos atrás já estava mais do que definida e acho que é por isso mesmo que me desiludo tanto. Simplesmente por ver tanta gente que deita conversa fora. Hoje dizem uma coisa e amanhã estão precisamente a fazer o contrário. Não quero com isto dizer que as pessoas não possam mudar de opinião, que podem com toda a legitimidade. Mas não é disso que falo. É de princípios. De ter palavra. Coisa muito rara nos dias que correm…

terça-feira, 5 de abril de 2011

Hoje vou voltar aos treinos. Preciso de andar, andar, andar. Cansar o corpo para que a alma possa relaxar. Para que os pensamentos voem e se percam pelo meu rio fora.
Tenho dias em que me sinto exausta. De mim, da vida e das pessoas que me rodeiam. Nesses dias apetece-me simplesmente dormir. Esquecer de onde vim e muito mais relevante que isso, para onde me dirijo. Tantas vezes dou comigo a pensar para onde me leva esta vida e não consigo encontrar a resposta.
Por isso caminho. Um dos meus hobbies preferidos, especialmente em dias em que o Sol me acompanha até bem tarde. Até se refugiar no horizonte para dar lugar à noite e ao luar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Adoro segundas-feiras

que começam assim. Com um envelope almofadado vindo de terras de sua majestade e com 4 exemplares deste fofinho lá dentro. Estou rodeada das melhores pessoas do mundo. Muito e Muito Obrigado Rute. Trago-te no meu coração (não só pelos mimos que me tens dado), acima de tudo por estares aí. E partilhares. Creio que eu e tu ficámos mais ricas desde que nos conhecemos. Obrigada, de coração.

Actualização: Eram 4. Agora são só 3.

Imagem: Google Imagens

domingo, 3 de abril de 2011

Aquele Estranho... Parte III

A corrida tinha de ficar para o dia seguinte, bem como os estudos. Fiz os bifes o melhor que pude, cozi uma massa esparguete e fiz um sumo de laranja natural. Jantei, lavei a loiça, vesti umas calças de ganga e saí. Os nervos apoderaram-se de mim. Conduzi tentando focar-me na estrada. Umas gotas de chuva começaram a cair. Não acreditava que estava a ir para um encontro. Chegar até àquela pessoa era algo que estava muito acima daquilo que eu considerava expectável. Tentei afastar todos aqueles pensamentos, coloquei uma música feliz. Cantei e sorri e substituí tudo o que abundava na minha cabeça apenas por uma coisa. Eu mereço isto. Se ele me procurou é porque eu sou especial, porque sou mesmo. Logo, isto é possível. E eu estou feliz. Vai ser um sucesso.
Estacionei no subterrâneo, subi as várias escadas rolantes e quando chego a meio do último lance, avisto-o. Ele não me vê. Caminho devagar até à mesa que escolheu.
 - Olá! Estás à minha espera há muito tempo? – Questionei…
 Ele olhou-me com os olhos bem abertos. Eu confesso que fiquei um pouco assustada. O facto de ele nada dizer naqueles segundos que se seguiram estava a incomodar-me. Levantou-se, cumprimentou-me e puxou uma cadeira para eu me sentar.
 - Estou muito melhor agora. Não gosto muito de estar sozinho em locais com muita gente. Faz-me sentir pequeno. Ainda bem que já chegaste.
 - Mas eu não me atrasei – respondi. – Tu é que se calhar chegaste cedo…
 - Sim, cheguei um pouco mais cedo. Ainda pensei que pudesses não vir, e isso preocupava-me.
 - Porquê? Não tenho esse hábito. Se não viesse dizia-to simplesmente. Olha, não vou. Não me apetece ou não quero. Sei que não me conheces bem, mas sou sempre muito honesta. Há quem não goste deste meu lado honesto, que às vezes pode ser cruel e doloroso. Sabes que nem toda a gente está preparado para lidar com a verdade. Preferem ouvir as coisas de forma camuflada. Meio abafadas para não doer tanto. Mas eu não sei ser de outro modo, simplesmente não sei. É mesmo o meu feitio, ser transparente e honesta.
 - Mas isso é bom, no meu entender. Pode custar e doer, mas é a realidade. É a verdade e não uma mentira mascarada. Falando de outras coisas, vens comigo a Évora? Vai ser giro. Eu sei que gostas muito de fotografia, podes aproveitar para fazer um gosto ao dedo. Eu conheço uns lugares que te quero mostrar. E tu vais adorar.
 - Mais um ponto fraco. Tu realmente andaste mesmo à procura de tudo aquilo a que eu não conseguia resistir. Fizeste muito bem o trabalho de casa. Ainda estou para saber como conseguiste dar a volta ao meu irmão para ele te dizer todas essas coisas a meu respeito…
 - Não foi preciso nada de especial. Apenas tive de lhe garantir que vinha por bem, Isso foi suficiente. Sabes uma coisa? Ele estima-te muito. Preocupa-se. Achei de um carinho surpreendente. Olha, queres tomar café?
 - Não. Mas quero comer um crepe. Podias comer um comigo, porque é grande. Pode ser?
 - Dividir um crepe contigo? Não achas que isso é excesso de confiança? No primeiro dia que nos vemos partilhar um prato? – Riu-se daquela forma que me deixava sem palavras…
 - Tens toda a razão. É melhor eu comer o crepe sozinha, até porque tu não deves querer engordar e aquele crepe é uma bomba calórica, mas não resisto…
 - Achas mesmo? Eu não engordo porque sou terrível. Tu já deves ter ouvido os meus gritos, já te deves ter apercebido que o meu feitio não é dos fáceis. Nunca reparaste?
 - Reparei e de que maneira. Pareces um trovão. E depois quando fazes esse ar inofensivo, parece que estamos a falar de duas personalidades diferentes. Vou lá buscar o crepe, guarda aí a mesa…
Enquanto esperava na fila ele encostou-se na cadeira. Dei com ele a sorrir. E eu sorria também. Parecia que nos conhecíamos há muito mais tempo. Percebi nitidamente que aquele mau feitio era simplesmente uma forma de se fazer ouvir. De se impor perante as pessoas com quem trabalhava. Porque o pouco que conhecia dele, era de o ver por ali. Quase há 6 anos que nos cruzávamos e agora estávamos perto de ir partilhar um crepe. Eu sentia-me bem e era apenas nisso que me queria focar.
A noite foi muito agradável. Partilhámos o doce e ele gostou muito. Nunca tinha provado aquela delícia. Depois caminhámos um pouco pelo centro e ele levou-me ao carro. Pediu-me que ligasse quando chegasse a casa. Fez-me uma festa no rosto e eu fiquei sem jeito. Tinha o estômago cheio de borboletas. Estava a dois dias de ir com ele para Évora e nem sabia bem como me iria comportar. Tudo a seu tempo, pensei. Só pode correr bem.

Fim de Semana cheio de amor

Com eles. A Luz dos meus olhos. Aqueles bebés que hoje já não o são. Cresceram e agora são uns rapazinhos tão lindos e tão atrevidos. Se pudesse pedir um único desejo que fosse, pedia apenas para que fossem sempre felizes. Que aquele sorriso mágico nunca desaparecesse daqueles carinhas larocas. E agora (quase na hora de me despedir), toco-lhes e repito: Amo-vos tanto. Daqui até aos planetas e voltar. Sempre. Todos os dias da nossa vida.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Adoro o meu Signo...

Sagitário, temos para este mês duas cartas bastante bonitas e positivas! A mensagem principal desta carta, é de não ter receio, siga os seus sonhos e desejos pessoais e comece um novo ciclo de vida, uma nova etapa sem inseguranças do que possa vir a acontecer, siga a sua independência e liberte-se de situações que não a/o ajudam a viver os seus sonhos e desejos, ou seja, se sente que algo na sua vida não está a corresponder ao que sonhava, então poderá estar na altura de mudar!

Durante este mês de Abril, é possível que veja alguns sonhos e desejos realizados, não desista dos seus objectivos pessoais, poderá até mesmo experimentar algo diferente, algo que gostaria de fazer. Está na altura de sentir verdadeiramente que merece ser feliz e ter aquilo que sonha, portanto não fique à espera que as coisas venham até si, pois tudo indica que ao longo das ultimas semanas do mês passará por uma mudança mais afirmativa, ou seja, irá atrás dos seus objectivos, poderá no entanto indicar uma libertação de alguma situação ou de alguém, ou simplesmente uma mudança radical de atitude face à vida.

Poderá ser possível alguma viagem durante este mês ou poderá começar a planear uma deslocação para mais tarde, no entanto tudo indica que será um mês excelente para iniciativas novas e para viver novas oportunidades. Não tenha receio de experimentar coisas novas sozinha/o, existem situações que temos que fazer por nós mesmas/os sem a ajuda de outros pessoas, é dessa forma que crescemos, no entanto não significa que não terá o apoio de outros, terá!

E adorei esta previsão. Daqui.

Desabafos

Hoje apetecia-me tudo menos estar fechada entre quatro paredes. Ouvir estas pessoas dias e dias a fios dá-me conta do juízo. Há dias que lhes dou relevância, mas hoje não. Não estou para isso nem me apetece.
Ontem esteve um dia de Primavera mais do que perfeito e hoje pelo que ouvi vai-se repetir. E eu aqui. Amanhã é sábado e era bom que o Sol viesse para ficar, mas já ouvi dizer que não. Nas previsões meteorológicas diz que, vão descer 10º. Meu Deus, como é possível? Mas pronto, não quero mais falar do tempo.
Não tarda começam os testes e eu ainda não peguei numa única página para estudar. Não é que nos outros semestres tenha pegado nas coisas com antecedência, mas fico sempre a pensar que me podia dedicar mais. Mas não dedico. As coisas acabam por fluir naturalmente e eu deixo ir-me ao sabor nem sei bem de quê.
Hoje apetecia-me tudo menos estar aqui fechada. Apetecia-me ver o mar e esquecer quem eu sou. Sentar-me ao Sol a escrever a minha história, dando vida aos personagens, deixando-me embalar por eles como as ondas se embrulham na areia. Era isso que me apetecia hoje. Mas não posso. Resta-me sorrir e aceitar que tenho de trabalhar. Tenho um mês para fechar e tarefas a cumprir. Daqui oiço os passarinhos cantar, trabalho com a janela aberta e deixo que o ar me acompanhe, inspirando-me para mais um dia, que vai terminar bem tarde…