terça-feira, 31 de maio de 2011

Ninguém nos ensina...

A lidar com a morte. Com a perda de alguém especial. Por muito que à nossa volta isso aconteça nunca se está preparado. Nunca se encara isso como uma coisa naturalíssima, como um nascimento. No entanto é algo inevitável. Continuamos todos a viver como se fossemos imortais. Incluindo eu.
Mas quero começar a mentalizar-me que um dia vai bater-me à porta. Vai ser horrível. Não consigo sequer conceber a ideia de enterrar um dos meus. E ontem vi uma amiga nesta situação. Fiquei a pensar... um dia vai ter de ser, e não quero imaginar a dor que vou sentir. Como vai ser a minha vida daí em diante... Acho que o nosso cérebro está preparado para apagar essa parte da nossa existência. O Fim ou o The End. Como se nunca fosse acontecer. Mas vai. E apesar de o sabermos, fingimos que não chegará o dia.
Assusta-me. Mesmo. Tenho pânico. Sei o que passei quando perdi a minha avó e acho que essa dor se vai multiplicar por milhões quando tocar aos meus pais... Enfim... um dia após outro...
No entanto acho que nos devemos preparar de outro modo. Ainda que pareça estúpido e surreal...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Eu já amei assim...

Com o coração todo. Com a vida toda e o mais que estivesse para vir...
Com 16 anos apaixonei-me perdidamente por um primo afastado. Conhecemo-nos num casamento de outro primo comum. Acho que aquilo foi Amor ao primeiro pestanejar de olhos. Não sei explicar mas lembro-me como se fosse hoje. Sem dúvida que foi o meu Primeiro Grande Amor. Ainda hoje me emociono a ver uma fotografia dele. A ler cartas que me escrevia. Ao ouvir a voz dele quando me telefona (o que é raro).
O Miguel (não era este o nome pelo qual o tratava) tinha mais 3 anos do que eu. Naquela altura notava-se muito. Ele já tinha carta de condução, vivia na cidade de Lisboa e os barcos que iam da minha terra para lá eram uma miragem. Havia muito poucos. A viagem era uma agonia (de enjoo) e demorava uma eternidade. Tudo isto se passou há 15 anos.
Naquele dia 6 de Julho fazia um calor imenso. Uma coisa assustadora. As minhas primas já me tinham falado tanto do Miguel que sentia que já o conhecia de trás para a frente, mesmo sem nunca o ter visto. Fiquei mais tarde a saber que brincámos na infância e já nessa altura éramos muito cúmplices e amigos.
Estava um pouco nervosa em casa da minha tia, a ver quando é que o "primo" entrava pela porta para satisfazer a curiosidade. Sempre fui uma esquisita (dito por alguns - eu chamo-lhe mais selectiva) e estava curiosa de ver a carinha dele. Foi em vão essa espera porque ele foi com os pais directo para a Igreja.
Já na Igreja, aqui a menina sempre de máquina fotográfica em punho, (uma Kodak que recebi da minha mãe tinha uns 12 ou 14 anos, não me recordo bem. Mas foi dos presentes que eu mais amei ter na vida. Ainda a tenho lá. Qualquer dia a ver se lhe volto a pegar...) andava por ali a passear e a tirar umas fotografias aos noivos, quando me fazem um sinal que o Miguel já estava ali sentado. Fartei-me de olhar para todo o lado e não via ninguém com o aspecto que me havia sido dito, só encontrava pessoas mais velhas. Até que, um senhor ao desviar-se me deixou ver o meu primo. E pronto... Rendi-me completamente. Foi das coisas mais intensas que senti até hoje. Ainda agora estou a escrever estas palavras e sinto a minha barriga a esvoaçar... Quando a cerimónia terminou saímos todos cá para fora e quando reparo, está a mãe dele a falar com o meu pai que me chamou imediatamente para me apresentar a prima. A senhora abraça-se a mim como se de uma afilhada se tratasse. Não sabia se havia de rir ou de chorar. Só sei que nem tive tempo de pensar. Em menos de 3 segundos o Miguel estava ali ao lado a ser-me apresentado pela mãe. Fiquei tão envergonhada. Não trocámos uma única palavra. Os nossos olhos disseram tudo o que havia para dizer. (Que saudades desses dias...).
Mais tarde, no copo de água, o menino ficou sentado na mesa à minha frente. Acho que ficou com uma tremenda dor de pescoço, porque passou o tempo todo a olhar para trás. Não vou ser mentirosa e dizer que não olhava, mas eu nessas coisas sou muito discreta e acho que consegui disfarçar muito bem... Passámos o dia inteiro a trocar olhares mas não falámos. Eu, timida que só visto, não conseguia proferir uma única frase sem me engasgar. Pelos vistos ele sofria do mesmo mal...
Ao final da noite o pai dele deu-me a morada e o telefone de casa. Eu achei que o Miguel nunca poderia olhar para mim. Afinal de contas se passou um dia ali ao lado, sem dizer absolutamente nada, não poderia jamais ter o menor interesse. E ao mesmo tempo éramos da mesma familia. Distantes como tudo, mas ainda assim...
Na 2a feira seguinte enchi-me de coragem e telefonei-lhe para casa. Atendeu o pai. Disse que ele não estava mas para eu tentar ao final do dia porque andava a trabalhar como estafeta e depois jogava Andebol (um fanático de primeira).
Pela hora de jantar tornei a ligar e mais uma vez sem sucesso. Para mim duas tentativas eram mais do que suficientes. Não voltava a insistir. No entanto pediu-me o meu número, dizendo que mais tarde me ligaria. Tal como hoje, já naquela altura achei que aquilo era puro Bluff. Mas não foi. O Miguel ligou. Pediu desculpas por não estar em casa e depois de desligarmos percebi que ele também estava ansioso para falar comigo. Marcámos encontro no dia seguinte, depois do trabalho (porque aqui a menina estava de férias de Verão). Já não consegui comer nada nesse dia, cheia de nervoso miudinho. Devo ter perdido um kilo ou mais (agora também devia ser assim - mas agora é ao contrário - os nervos dão-me para comer) com a ansiedade que senti naquele dia. Trazia um macacão de ganga vestido com uma alça caída. Achei o máximo. Era ainda mais giro assim do que naquele dia de camisa e uma gravata mal amanhada. Fomos caminhar os dois, conversámos sobre as nossas vidas e correu bem. Fomos devoarados por mosquitos no jardim onde o levei. Apenas sorrimos, olhámo-nos com a ingenuidade característica de dois adolescentes. O tempo voou. E eu só pensava quando o podia voltar a ver. Já tinha saudades mesmo antes dele partir. Queria que aquele momento durasse para sempre. Que ele viesse para ficar. Com a ingenuidade de quem se apaixona pela primeira vez de verdade. Mas ele teve de ir e a vida seguiu normalmente. Todos os dias ele me telefonava pela hora de almoço. Todos sem excepção. Não sei o que tanto havia para conversarmos. Escrevi-lhe muitas cartas. Muitas mesmo. Ele ainda as tem todas (penso eu). Disse-me sempre que era uma parte da vida dele que nunca iria deitar no lixo. Quando recebi a primeira carta dele dei pulos de alegria. Ele tinha adorado estar comigo. Trocámos juras de amor. Daquele puro refinado sem qualquer toque de malícia.
Duas semanas mais tarde eu vim da praia e tinha um recado de que ele estaria a chegar para me ver. Tremi. Não conseguia acreditar que ele me tinha feito aquela surpresa. Mas fez. Tomei o duche mais rápido da minha vida e corri para o jardim. Esperei, esperei e quando estava quase a desesperar, alguém me tapou os olhos e voilá. Abracei-o com muita força e ficámos assim durante algum tempo. É tão bom perceber através de um gesto de afecto que alguém sente o mesmo que nós sentimos. Aquele primeiro beijo foi das coisas mais especiais que eu senti em toda a minha vida. Aquela ternura e o afecto que partilhámos em cada abraço, em cada sorriso. Não há palavras belas o suficiente que possam descrever esses instantes...
Um mês depois estava eu de férias no Alentejo com a minha querida avó, recebo uma carta do Miguel a dizer que tinha voltado para a namorada que tinha em Lisboa. Senti o mundo cair-me em cima. Separámo-nos mas aquele Amor não morreu. Durante 3 anos fui muito infeliz.
Custa-me crer que amei desta maneira. Mas amei. E amar assim é algo que quero voltar a sentir... Porque é das melhores coisas do mundo. É uma sensação de plenitude única. Não há nada melhor...
Eu já amei assim... e sei que um dia voltarei a amar... exactamente da mesma maneira, ou então de outra, que seja melhor ainda...

quinta-feira, 26 de maio de 2011

(Suspiro)

Ainda penso em ti. Aliás, ainda é difícil lidar com a tua presença. O teu olhar ainda me incomoda. Passo por ti a mil à hora para que percebas que não vale a pena criar mais ilusões. Que jamais olharás para mim como eu gostava que olhasses, mas mesmo assim insistes. Tento esconder a todo o custo a oportunidade de te cumprimentar, como se não reparasse que estás ali ao lado. Fingir é algo tão fácil mas muito complicado...
Ainda ontem quando apareceste à janela me apeteceu gritar-te. Para desapareceres sem deixar rasto. Para que os teus olhos não encontrassem os meus e para que o teu sorriso fosse apagado da minha mente. Era isso que queria dizer. Gritar-te para que me oiças.
Segue a vida que escolheste e não me olhes mais. Não me estiques o braço, não sorrias. Não faças nada. Finge se tiver de ser. Como se eu não existisse. Como se eu fosse outra pessoa qualquer. Vamos brincar os dois de faz de conta até que deixes de ser o que és para mim.
(Suspiro)
Tenho saudades tuas. Mas preciso de apagar isso da minha vida. Ajuda-me. É o que te peço hoje. Finge...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Estou farta do mulherio. Epá é que não ando mesmo com pachorra. Palavra de honra… (o que eu estava doidinha para aplicar esta expressão). Trabalhar com mulherio no local de trabalho para mim não dá com nada. Há dias em que simplesmente me apetece mandá-las lamber cús ou coisas bem piores. Quer parecer-me que hoje o dia se avizinha (novamente) longo e complicado.
Por isso adoro homens (adoro mesmo em todas as circunstâncias). Melhor escrevendo, adoro trabalhar com homens (neste caso concreto). Somos muito mais cúmplices, não dão importância a futilidades. É tudo muito mais simples. Por isso a minha hora de almoço é passada com eles. Rimos, dizemos disparates e está sempre tudo bem. Não há cá paneleirices como as mulheres têm. Dizer mal disto e daquilo. Posso até fazê-lo quando estou com eles, mas é no sentido da brincadeira e não com a maldade que é muito característica da mulher.
Hoje eu já vinha calma, tranquila. Com os níveis de irritabilidade (maldita TPM) controlados, mas há gajas com o poder de me tirarem do sério. Mas eu não me deixo levar por isso. Respiro fundo. Conto até mil e depois fica tudo bem. Porque daqui a bocado vou ter com os gajos e o dia continua muito mais tranquilo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Este danado,

sempre que desce as escadas do prédio faz uma algazarra desgraçada. Parece que vai em busca da última coca-cola do deserto, ou do tesouro perdido. Mas não vai nada. Só quer chegar à rua.
À bocado, já com a porta de casa aberta, os dois na escada disse-lhe: Ai de ti, mas livra-te de fazeres barulho. É que ficas já em casa. Ouviste bem? Não quero barulho!!!! (obviamente pensei que ele me estava a achar uma parvinha e a pensar pra ele próprio, quero lá saber, sabes bem que faço sempre barulho!!!).
Mas não. Nada de nada. Foi quase pé ante pé e nem um latidozinho, nem um incómodozinho. E eu pensei, viste? Adoro este menino. Troco-o por bastantes pessoas que por aí andam. É outro dos meus Amores!!!!

Crises de Existência...

Hoje estou que não me aguento. Não me apetece nada e muito menos ver ninguém. É crise de existência misturada com canseira e com horas de sono que devo à cama. Somando tudo com montes de trabalho e pedidos que vêm sabe deus de onde.
Sim, tenho dias em que não me suporto. Dias em que estou bem é caladinha, sossegada no meu canto. Dias em que sei que estou de trombas, anti-social. Mas deixem-me estar assim. Tal como estes dias chegam também se vão embora. Será difícil aceitarem e respeitarem esta minha forma de estar? Ninguém me fez nada, eu é que não me sinto com vontade para sorrir nem para socializar.
Eu gosto de mim. Muito. Demasiado. Aliás, o gostar nunca pode ser considerado em excesso. Porque gostar é tudo. Cabe tudo lá dentro. E mesmo nestes dias eu gosto de mim. Gosto é um pouco menos. Gostava de ter o poder de nestas alturas colocar férias e poder desaparecer do mundo assim como que por magia. Tipo um vou ali e já venho...
Hoje estou deserta que o dia acabe, ou para ir dar a caminhada das 3as feiras ou simplesmente para me esparramar no sofá a reflectir (ou a colocar o sono em dia), ou a ver um episódio ou outro que tenho em atraso. Estou sensível. Não preciso de nada, só quero desaparecer por um bocadinho. Ficar no meu canto e dizer mal de mim a torto e a direito (não é para que servem as crises de existência?) para depois amanhã (ou depois) me olhar ao espelho e rir-me de mim própria. Por ser capaz de ter pensamentos tão estúpidos, naqueles dias difíceis, em que simplesmente deixamos as hormonas falarem e pensarem por nós.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Muitos Parabéns Meu Amor,

Escrevo-te estas palavras com o coração apertado de saudades. Passaram 7 aninhos desde o primeiro dia que te peguei no colo pela primeira vez. Não és mais um bébé, já és um rapazinho que anda na escola, que já sabe ler e escrever. Sabes que vives dentro do meu coração? E que falo muitas vezes em ti? Sim, eu orgulho-me muito de ti fofinho da Tia.
Hoje, mais uma vez, aliás como sempre foi, não passaremos este dia juntos, mas espero que em breve possamos soprar as velas num bolo delicioso escolhido por ti.
Tudo aquilo que te possa dizer tu sabes, porque faço sempre questão de to dizer pessoalmente. És um dos meus Amores Maiores, Amo-te daqui até aos planetas todos e voltar. Espero que um dia quando cresceres entendas e consigas libertar-te do peso que foi toda a tua vida. És tão pequeno e já carregas um peso tão forte nas costas. Mas eu acredito. Acredito que a tua inteligência e perspicácia te irão levar longe, muito longe. És sem dúvida um menino muito especial. Adoro ver o teu sorriso e conversar contigo.
Até Breve Meu Amor.
Da tua tia que te Ama mais do que qualquer coisa. A ti e ao teu irmão.
Amo-vos Muito. Sempre. Todos os dias da nossa vida.

domingo, 22 de maio de 2011

Inspiração...

é tudo quanto peço e preciso para hoje e amanhã. Vou ter o segundo teste de Gestão Orçamental. Tive 20 no primeiro (é verdade), no entanto esta matéria não é assim simples como era a outra.
Quando tenho testes tenho pedido uma só coisa: Inspiração. Se estiver inspirada consigo escrever e fazer cálculos e a coisa até corre bem.
Ainda não estudei praticamente nada. Comecei agora. Andei a ver se descia sobre mim uma qualquer vontade que me fizesse abrir os livros e a calculadora. Mas o cansaço que sinto não ajuda muito. Não culpo o calor. Culpo-me a mim. Porque não páro. Os meus Sábados são hiper cansativos (estou praticamente 12h em pé, quando não estou mais) e ao Domingo normalmente rendo-me ao descanso...
Amanhã o teste é só às 21h e atendendo que vou para a escola de manhã cedo, acredito que tudo vá correr pelo melhor. Para ter 10, preciso de 0, mas obviamente que quero muito mais do que isso. Não fosse eu uma menina de não me contentar com pouco. Quero sempre tudo aquilo a que tenho direito. Vai correr bem, tenho a certeza!

Adoro

Esta Rádio. Comecei a ouvir no carro por mero acaso e depois fui investigar mais sobre ela. Tem página no Facebook, não passa publicidade e dá vários tipos de música. Oiço também a Comercial (a equipa das manhãs que eu adoro), mas no trabalho passei a ouvir só a MFM. O facto de não passar publicidade ajuda e muito.
É daquelas coisas que se entranha e depois é difícil desligar.
Experimentem, pode ser que gostem.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

E pronto passou a telha,

Estou oficialmente em TPM. Desde ontem que não me apetece ouvir ninguém.
Decidi baldar-me hoje às aulas. Só me apetecia estar comigo. Chegar a casa (e o que eu adoro a minha), ir comprar umas coisinhas (trouxe cornetos de morango - não resisti) e enfiar-me por aqui a limpar. Sabia que isso me ia acalmar de algum modo e cansar um pouco mais por outro. Mas vale a pena.
Depois olhar à minha volta e sentir o aroma da limpeza.
Sou muito caseira. Aliás quase nunca estou por casa. Adoro estar aqui a sofazar, ou a organizar as minhas coisas. Simplesmente estar aqui. Estar neste espaço faz-me sentir feliz. A minha casa é velhinha por fora, mas normalzinha por dentro. Não tem uma decoração nada de especial. Mas é a minha. Tem as minhas cores, o meu cheiro, a minha confusão. Tem a minha cara. Ainda não tenho cortinados nem sinto falta deles. Adoro as minhas janelas de alumínio branquinhas aos quadrados. Não vivo sem estes pequenos momentos em que me estico a ver um filme, ou um episódio das minhas séries preferidas. É nestas pequenas coisas que vejo que não sou nada complicada. Que preciso de tão pouco para ser feliz. Que no final de contas sou demasiado simples. 
Agora para a coisa ficar ainda mais feliz (e docinha) vou ali buscar um corneto de morango...
Bom Fim de Semana. O meu será amanhã a trabalhar e Domingo estudar. Duas coisas que adoro fazer...

Hoje é só,

O que há em mim é sobretudo cansaço
O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo,
Cansaço...
                      Álvaro de Campos

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dos cuidados que tenho comigo,

Ultimamente ando muito mais virada para os cuidados comigo mesma. Principalmente com o meu corpo. Estou muito longe de chegar a um nível minimante saudável. O meu maior pecado continua a ser não conseguir resistir a doces. Por exemplo se me apetece uma fatia de pão Alentejano com Nutella é difícil resistir. No entanto não tem sido todos os dias.
Bem, mas o que quero aqui dizer é que ontem dediquei-me a cuidar de mim.
Fiz a depilação (perna inteira) e sinceramente acho que vou deixar de ir à esteticista para isto. Foi rápido e muito mais económico. Irei sim continuar a fazer a axila e a virilha fora, porque não me ajeito sozinha a trabalhar nessas zonas tão sensíveis.
Depois, como já tinha recebido a encomenda maravilha, resolvi experimentar o verniz 113 da Andreia. Gostei muito. É um cinza meio acastanhado. Gostei mesmo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Da minha vida,

Há dias em que chego ao escritório e o primeiro pensamento que me invade é pegar na mala e sair. Há muito tempo que não tinha um desses dias. Mas hoje parece que é o dia.
Detesto sentir isto. Implico com tudo e todos e não gosto nada. Acho que é TPM. Associada a uns quantos outros factores.
Em dias como este gosto de estar sozinha em casa. A ver séries, a pôr o sono em dia, a ler ou a fazer outra coisa qualquer. São dias em que fico anti-social ao mais alto nível. Deixem-me sossegadinha no meu canto porque quando eu quiser sair da toca, irei pelo meu próprio pé.
Depois são os sonhos. Tenho sonhos que me incomodam. Muitas vezes com pessoas com quem não tenho qualquer tipo de lidação. Discuto, barafusto como se da vida real se tratasse. No fundo eu entendo isto. São pessoas a quem ficaram coisas por dizer mas que não merecem sequer um olhar, quanto mais uma palavra. Ultimamente tem sido demais. E como eu sou uma pessoa super transparente, até nos sonhos tento resolver a vida. Para que nada fique para incomodar. Espero que o dia passe rápido para me enfiar em casa. Mas primeiro tenho de ir comprar umas coisas. Quem sabe não me animo com qualquer coisa e o dia ganhe outro sentido mais feliz.
A Eos no domingo foi para a oficina. Começou a dizer que o cartão estava protegido e não deixava sequer tirar fotografias. Como ainda está na garantia optei por levá-la logo e cortar o mal pela raíz. Agora resta esperar até ao máximo de 30 dias. Pode ser que se resolva mais cedo. É que as férias tão quase aí e já tenho um baptizado para fotografar. E estou radiante com isso...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Do Bem Estar

E do exercicio físico que me tenho obrigado a fazer.
Hoje foram 8kms alternados entre caminhar e correr. Não sou mentirosa, hoje andei muito mais do que corri. Perdi umas 300 e muitas calorias segundo o pedómetro. No entanto doi-me bastante as pernas. Mas o peso continua igual bem como o pneu que se alapou na minha barriga.
O lema é persistência. E nunca desistir. A ver se quando enfiar o bikini pela primeira vez este ano, me sinto um pouco melhor. Atenção, sou uma pessoa magra, no entanto acho que posso melhorar muito o estado do meu corpo. Além disso, faz-me sentir bem.
A banda sonora que me acompanhou hoje foi o Album de Daughtry - Leave This Town. Músicas que não me canso de ouvir...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Aquele Estranho... Parte V

O dia passou sem sobressaltos de maior. Eu bem estava a precisar de um dia calmo, depois de todas as emoções que tive no dia anterior. Estava a 2 dias do maravilhoso fim-de-semana e as borboletas não paravam de esvoaçar dentro da minha barriga. Nada como um sentimento forte para perdermos umas gramas. Prometi cuidar mais de mim e nesse dia não ficaria na empresa nem mais um minuto depois da hora. Apetecia-me caminhar pela minha marginal, só eu e a música. Os pensamentos e o Rio. O meu confidente de pensamentos, sonhos e angústias. Para não falar dos medos e das inseguranças. Quando caminhava esvaziava a alma das coisas que não interessavam. Era como um libertar de tudo aquilo que estava a mais. Chegava a casa e o pouco que podia ainda restar ia pelo ralo junto com a água do banho. Cansava o corpo e descansava o espírito. Depois de tudo aquilo, sentia-me leve leve. Adorava os dias que terminavam cedo e ainda conseguia fazer as minhas coisas. O Verão ajudava muito nisso, as tardes prolongavam-se pela noite dentro. E era bom. Da minha janela da sala via o sol pôr-se já quase pelas 9 da noite… um laranja profundo que iluminava toda a casa. Quando estava prestes a sentar-me no sofá para ler um pouco, liga-me a Isabel.
 - Olá… Então? Como tens passado? Já não falamos há algum tempo. O que tens feito?
 - Olá minha querida Isabelinha. Olha, a mesma correria de sempre. Mas hoje saí do trabalho mesmo na hora e vim para caminhar um bocado. Acabei de me sentar. E tu? Como está o Manel e a tua menina mais linda?
 - Está tudo bem connosco. Estávamos a pensar ir passar o fim-de-semana a qualquer lado e lembrei-me de te dizer se querias ir connosco. A Inês tem perguntado muito por ti e achei que era bom.
 - Oh era excelente essa ideia e eu aceitava sem problemas nenhuns. Só que este próximo eu já tenho coisas combinadas…. (suspiro)
 - O que me estás a esconder? Já te conheço tão bem… Não me digas que anda índio no ar?
 - (risos) nem sei o que dizer. Não sei nada. Sei apenas que vou para Évora. O resto posso contar e explicar quando voltar. Pode ser?
 - Eu bem sabia. Desculpa, não leves a mal estar a rir. Mas é um riso bom. Com alegria e muita felicidade. Aproveita, mas depois já sabes, quero saber tudo. E não te livras de mo apresentar depois, quero dar o meu parecer…
 - Claro que sim. Nem eu deixava que as coisas avançassem sem o teu aval. A tua opinião é das mais importantes para mim. Só te posso dizer que eu queria muito isto, vamos ver se está ao meu alcance. Se se concretiza pela positiva. Espero mesmo que sim amiga. Já passei muito sozinha e acho que chegou a hora de as coisas entrarem numa rota diferente.
 - Sem dúvida. Se ele estiver disposto a perder algum tempo para te conhecer de verdade, vais ver que resulta. Tu és uma óptima pessoa. Eu acredito que sim. E quem é o Índio? (risos)
 - Não vou dizer nada por enquanto. Mas tu vais ficar a saber assim que eu voltar. Prometo-te. Peço-te apenas que torças por mim. Que queiras, tanto ou mais que eu que corra bem.
 - Vai correr lindamente. Tu és muito gira, amiga e eu sei que ele vai-te adorar. Espero que gostes dele assim também. Agora tenho de desligar, a Inês está quase a ir para a caminha. Ainda não parei. Depois vens cá jantar a casa para me contares tudo.
 - Convite aceite. Depois ligo-te. Um beijo muito grande.
 - Outro para ti. Até logo amiga. Pensa positivo e deixa correr.
...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Vernizes


Sempre fui uma Maria Rapaz. Sempre. Ainda hoje não uso saltos altos.
Gosto de roupa justa sim, de saias, de vestidos. Não tenho as orelhas furadas e muito menos uso brincos. Raramente me maquilho mas até gosto de ver raparigas bem maquilhadas (sem excessos). Não uso pulseiras nem fios. Não gosto. Mas uso Relógio. Adoro o meu One e os meus Swatch (alguns já bem velhotes).
Mas de há uns tempos para cá ando viciada em vernizes. Primeiro porque adoro umas mãos arranjadas. Adoro. E comecei como que a dar um jeito às minhas mãos e agora há muito tempo que não faço uma manicure fora. Gosto de tons pastel e de tons sem metalizados a dar aquele reflexo.
Gosto da Risqué mas acho que secam muito rápido (o que fica no frasco). Experimentei os vernizes da marca Andreia e agora não quero outra coisa.
Quando estive no Alentejo comprei o "Inveja" da Cliché e fiquei em pânico quando pintei a primeira camada. Comparado com os da Andreia é muito liquido. Mas com duas bem dadas até não é muito mau. Gosto de ter várias cores para poder ir variando e ter por onde escolher. Sou de humores. Mas sem dúvida que os da Andreia ganham em qualidade e preço. No site onde os compro são vendidos ao mesmo preço da Risqué. A única diferença é que têm quase o dobro da quantidade. Tornei-me fã.
Vermelhos, Rosas, Roxo, Branco Leitoso (para quando não há paciência para limpar as imperfeições), Lilás. Tem uma variedade de cores fofinhas deliciosas. Eu adoro!
Agora até a minha mãe não passa sem eu lhe dar um jeitinho nas unhas todos os domingos! Eu não me importo nada e assim é um mimo que lhe dou, que não paga nem uma ínfima parte de tudo aquilo que ela me faz... Por falar nisso, estou em pulgas para receber a próxima encomenda. Escolhi o 111 e o 113. Até tenho medo.

Imagens retiradas da página da Andreia Cosmetics no Facebook

terça-feira, 10 de maio de 2011

Finais de Tarde...


O meu hoje foi assim. Junto ao mar. Com um pôr do sol fantástico que eu não captei com a câmara, mas captei com os meus olhos. Quando cheguei estava muita neblina, mas depois foi limpando limpando e ficou um céu vermelho fogo muito giro. A temperatura amena ajudou muito a que este final de tarde fosse bem bom.
Achei piada ao senhor que me perguntou se eu era Espanhola ou Inglesa. Prontificou-se a dizer-me que o Sol se punha às 20h30m. Quando lhe disse que era Portuguesa o Sr. deu meia volta e foi embora. E eu ri-me.

Livro de Reclamações

Ontem fui consultar o primeiro teste desde que ando a fazer a Licenciatura.
Nunca senti necessidade de ir confirmar o que fiz, primeiro porque ou o resultado andava na ordem daquilo que eu esperava, ou era mais do que eu estava à espera e por isso nunca senti essa necessidade.
No domingo quando abri o Pdf com as notas, foi diferente. Tive 15 neste teste, mas esperava mais. Um 17 ou 18, talvez. Por isso fui lá ver. Depois da aula segui o professor junto com mais 3 colegas e lá fomos. Qual não é o meu espanto de perceber que ele não entendeu nada do que eu apresentei no teste.
Cometi um erro sim e esse eu sabia que o tinha cometido que foi uma contagem de dias errada. Ou seja, teria de trabalhar com 20 dias, mas eu croma que só visto, só contei 19. Obviamente que todos os cálculos que implicavam esta variável estavam errados (apesar do raciocínio estar correcto). O senhor professor, modesto que só ele, pimbas, não tens tudo certo ao cêntimo, então deixa-me cá cortar isto tudo! Fiquei incrédula com a forma dele corrigir aquilo. Expliquei-lhe como fiz as coisas e disse-lhe na cara que não esperava que fosse a forma dele avaliar. A sua resposta foi: "Eu sabia que o seu teste estaria entre 15 e 17!". E eu pensei: Então se sabia porque só me deu 15? E ele como que a adivinhar o meu pensamento tornou a falar: "É uma forma de se aplicar mais no próximo!". O meu pensamento que nestas alturas parece uma panela de pressão só pensou, "Não perdes pela demora. No próximo teste vou escrever tudo e mais alguma coisa como na 1ª classe, assim não há dúvidas quanto à forma de apresentar aquilo que eu estava a pensar!".
Este professor já tinha dado uma cadeira no semestre passado e realmente foi muito bom. Ele sabia realmente daquilo. Desta disciplina não percebe tanto. Comete erros atrás de erros nos exercicios que resolvemos em aula. Foi por isso que resolvi ir ver o meu teste, e não me surpreendeu nadinha. Mais uma lição a reter... Porque a vida está sempre a ensinar-nos.
Foi a forma que encontrei de reclamar das situações do meu dia a dia.
Uma nova rúbrica que começo a ter neste espaço. Assim inaugurei o Livro de Reclamações da minha própria vida...

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Assim como,

admiro pessoas como escrevi no post abaixo, detesto pessoas que estão sempre contra toda e qualquer inovação. Porque o mundo está em constante mudança e não podemos colocar duas talas nos olhos e seguir.
Porque as coisas sempre se fizeram de um modo, não implica que tenha de ser assim para o resto da vida.
Eu então adoro tudo quanto é virar a página. Recomeços. Novidades.
Um caderno novo em branco para começar a escrever uma nova história. Novos lugares. Novas aprendizagens. Tudo o que seja evoluir e mudar para melhor estou cá eu...
Enfim... há dias em que são precisas toneladas de paciência. E nem assim a coisa lá vai...
Adiante...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Admiro!

Admiro pessoas de garra. Pessoas que lutam pelas adversidades. Pessoas que até tinham coisas do que se queixar mas que nem pensam nisso. Ou se pensam, não alimentam esses pensamentos. Admiro pessoas que na mais profunda confusão arregaçam mangas e procuram soluções. Que emergem do mais fundo dos poços onde por vezes a vida as coloca. Admiro e adoro pessoas fortes. Daquelas que até se podem estar a desfazer por dentro mas continuam a sua luta.
Admiro pessoas que não têm mania. Que são simples e humildes.Gosto de as louvar. Pelo que são, pela força que conseguem ter. Pessoas que se negam a conjugar o verbo desistir. Pessoas que choram algumas vezes mas que na manhã seguinte estarão preparadas para mais um dia. Com sorriso nos lábios e força de vencer. Ou de pelo menos tentar. Porque tentar é fazer a diferença. É não se resignar. Admiro pessoas assim. Que por muito que o seu mundo desabe, se agarram ao pouco que têm. E fazem desse pouco uma imensidão. Sem aceitar o pior, mesmo quando a luz ao fundo do túnel mal se vê.
Desistir, jamais. Mesmo que isso lhe esteja no pensamento, a maior parte das vezes. Admiro!

domingo, 1 de maio de 2011

Do Dia da Mãe

Sou uma privilegiada. Tenho uma mãe fantástica que faz parte da minha vida todos os dias. E fui criada por outra "mãe" que era minha avó. Já não a tenho fisicamente há algum tempo, no entanto sei que me acompanha todos os dias.
Não é só hoje que comemoro o dia da mãe. Não compro prendas porque é mais um dia instituído. Compenso-a sempre que posso e faço questão de lhe dizer muitas e muitas vezes toda a importância que tem na minha vida.
Não tenho palavras suficientes para lhe dizer o quanto a amo. Não há maior texto que transmita tudo aquilo que significa para mim. Nada é suficientemente grande ou valioso para demonstrar que é a peça fundamental do puzzle da minha vida. Todos os dias.