quarta-feira, 25 de setembro de 2013

10 Anos de Ausência

Quando me recordo daquele final de dia, fico espantada como já passaram 10 anos.
As memórias desse fatídico momento estão tão frescas como se tivessem ocorrido ontem ou mesmo a semana passada.
Tudo o que eu queria naquele instante em que o telefone tocou, era chegar a tempo.
A tempo de ainda poder dizer que a amava. E que ela ouvisse. Antes de partir. É apenas aquilo que guardo dentro de mim e que não fui a tempo de o dizer, mais uma vez.
Tenho esperança que, dentro dela, soubesse de cor e salteado o Amor que eu lhe tinha (e que permanecerá sempre). No fundo sei que era impossível que não o soubesse. Eu, a sua neta preferida. 
Que me desculpem os outros netos, mas eu acho que tinha um lugar mesmo especial. E por isso a sinto sempre desta forma. Que não há tempo que passe sobre este sentimento. Esta saudade que mói devagar. Aquela altura em que sentamos todos à mesa e sentimos que há mais pessoas que faltam ali, para que tudo estivesse completo.
Em conversas trocadas, quando falamos dela e os olhos se iluminam...
Há saudades assim. Que o tempo não apaga.
Aquele colo que sempre me recebia num afagar tão terno. Aquelas gargalhadas perdidas que eu adorava proporcionar.
O meu mundo ficou muito mais pobre há 10 anos com a sua partida.
Mas penso que não há dia nenhum que não a recorde. Que não me lembre. Que não pense. Nem que seja num pensamento fugaz.

Porque há pessoas que ficam. E a minha avó, permancerá sempre na minha vida. Pelo seu exemplo. Por tudo aquilo que fez por mim. Pelo Amor todo que sempre me deu. Por ser a pessoa especial que era.
Hoje sinto demais a tua falta. Hoje era um dia perfeito para o mimo. E ficarmos a ouvir chover lá fora.
Tenho muitas saudades tuas.

Nunca te esquecerei.

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