segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Meu Querido H.,

Não consigo conceber que estejas à beira do fim. Apesar de o sentir com mais intensidade nos últimos dias, não consigo aceitar. Porquê? Logo tu. Porquê?
A nossa cumplicidade muito cedo se notou. As nossas risotas entoavam uma sala inteira. Um cortava e o outro esfolava a seguir. Partilhámos músicas, falámos de coisas sérias. Comoveste-me tantas vezes, deste-me o teu ombro em tantas outras e agora? Será que ainda te lembras de mim? Será que ainda há tempo para te ver?
O teu caminho ainda agora estava a começar. Sim, porque a vida quase começa aos 34 anos. Tenho tantas saudades tuas H. Tantas.
Peço à vida que te agarre com unhas e dentes. Que tu não te entregues a essa maldita doença. Que te agarres a tudo de bom que tens. Àquelas pessoas todas que te AMAM e não querem que te vás. Perder-te é perder a esperança nesta vida. É deixar de acreditar na justiça. É...
Peço-te que lutes. Minuto a minuto. Eu vou acreditar. E rezar por ti. Na esperança de que tudo não passe de uma fase menos boa. Na esperança que fiques connosco até seres velhinho.
Por favor, não desistas. Fica connosco. Só assim faz sentido...
Amo-te Muito, Meu Querido Amigo. Sim, porque é impossível não se Amar alguém como tu.

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