Quero que saibas que fico feliz que tenhas encontrado alguém. Muito feliz mesmo.
Porque só assim serás capaz de seguir em frente. Apesar de não entenderes o que me levou a deixar-te. Nunca entenderás. Acho que não te convém entender.
Acho que as tuas relações futuras, se te mantiveres igual a ti próprio, serão uma questão de tempo. Tu não sabes o que é a partilha. Não sabes o quanto custa a vida. Instalaste de mansinho e vais ficando. Na esperança de que ninguém te cobre nada. Mas a vida custa, sabes? E como tu nunca foste capaz de abdicar de nada em prol dos outros, eu tive de abdicar de ti, em prol de mim. Da minha sanidade. E acima de tudo da minha felicidade.
Espero que a vida te reserve o melhor. E te ensine o que é a honestidade. Te faça abrir os olhos e deixares de viver em mentiras que são a tua vida. Tudo aquilo que construíste foi uma singela soma de mentiras. Tão graves ou tão leves que é tudo o que te resta...
Eu já segui com a vida há muito. E no dia que bati com a porta depois de saíres, respirei de alívio. Porque quem nos quer bem, abdica. Esforça-se e entrega-se de corpo e alma.
Deixo-te estas últimas palavras na esperança de que um dia me consigas olhar nos olhos e tenhas a coragem de não baixar a cabeça!
Que sejas muito feliz. E aprendas que para se ficar para sempre ao lado de alguém, tem de se partilhar tudo. Especialmente a vida. A verdade da nossa vida.
Sem comentários:
Enviar um comentário