domingo, 7 de setembro de 2014

Os meus sonhos comandam a minha vida...


No mês que passou, tive perto de realizar o meu sonho. Mudar-me para Aveiro. Mas ainda não foi desta. Entrei num processo de recrutamento que me aliciou muito. Ia aprender imensa coisa, a organização proporcionar-me-ia muita aprendizagem (coisa que eu adoro, sempre). Tinha tudo para ser perfeito. Primeiro porque eu quero muito ir, em segundo, porque quero um novo desafio profissional, especialmente numa organização que me proporcione alguma evolução de carreira. O pior vem depois.
Queriam que eu fosse para lá por pouco mais que o o salário mínimo. Ora pois, que eu não vivo do ar, nem consigo pagar contas com a aprendizagem, ou com o adorar trabalhar. Eles foram  completamente intransigentes, e eu lamentavelmente, neguei a oferta. Principalmente depois de me dizerem que a empresa tinha um volume de negócios de não sei quantos milhões de euros. Eles devem ter resmas de candidatos em lista de espera e sedentos de conseguir um trabalho. Seja porque dinheiro for. Pois, meus amigos, eu não. Lamento.
Andei alguns dias a bater mal. Incrédula com o que me tinha acontecido. Mas a maior tristeza foi  ter de negar a oportunidade de fazer as malas e ir para o pé do meu Amor. Depois, essa sensação foi passando e dei por mim a pensar, caramba... Se eu não me valorizar, então quem o fará? É certo e sabido que as coisas estão complicadas e delicadas, mas pior do que isso, estão assim porque as pessoas o permitem. Porque aceitam qualquer coisa, a troco de praticamente nada. E a dignidade? E ao mesmo tempo que pensava nisto, pensava num post que em tempos li, da Cocó na Fralda, que tinha sido convidada para escrever de graça em troco da promoção do Blog. E ela respondeu e bem, que isso não lhe alimentava os filhos. Pois é. O desafio era espectacular. A questão é que eu não aceito ser explorada. Ponto. Eu ainda estava disposta a negociar e a baixar o meu valor inicial, mas nem assim. Eles não cederam. Nem uma vírgula.  
No meio de tudo isto ficou uma certeza. Outras oportunidades virão. E eu acredito que há empresas dignas, onde os recursos humanos são peça fundamental da organização. Porque não me venham com coisas, quem é mal pago, onde vai buscar a motivação para desempenhar uma função como deve ser? Pode no início ter essa força, mas ao fim de uns tempos, a desmotivação tomará conta da pessoa e a produtividade cairá a pique.
Fica a lição. O arregaçar de mangas que continuo a ter. A forma como encaro esta luta. Sempre com muita esperança. Com muita certeza no meu valor. Com muita convicção e esperança que não tarda acontece. Quando tiver de ser. A persistência  e o trabalho contínuo, encarregar-se-ão do resto. Porque o mais importante de tudo, é continuarmos de braços abertos, à espera do dia em que as despedidas dêem lugar aos dias partilhados. À vida que queremos ter, juntos. E é esse Amor que nos embala os dias e nos enche a alma de tudo o que precisamos para alimentar este nosso sentimento. Tão bom e tão puro.

Imagem: WeHeartit.com

Sem comentários:

Enviar um comentário