Pois é, nos últimos dias o assunto Big Brother, Bruno de Carvalho e a alegada violência doméstica domina a ordem do dia.
Uma coisa é certa, há ali muita coisa que são actos de violência. O discurso sempre em volta da culpabilização da própria vítima, a manipulação, ainda que não totalmente declarada, levando a que a alegada vítima se isolasse dos colegas. Aquele vídeo da mão no pescoço é um acto de violência, não me lixem. Ele empurrou-lhe a cabeça, que depois disfarçou com um afago. E a verdade é uma, os colegas não assistiram a estes actos. Eles estavam sozinhos, quer na situação da mão no pescoço, quer nos discursos. Claro que a produção do programa devia ter alertado e ter colocado um travão para que isto não escalasse. Mas era o Bruno de Carvalho e as audiências contam, não sejamos hipócritas.
Admirei e admiro muito a posição da Pipoca mais Doce. Sem medo. Deve ser assim. Estava a normalizar-se uma situação que não é normal. Estava a desculpar-se algo e "não ligar" porque estavam em jogo, por isto e por aquilo... Não! Podiam sim, ter pegado neste tema tão pertinente e que afecta tanta gente para se fazer algo único. Para se fazer serviço público. Mas não.
O assunto continua na ordem do dia. Abalou a imprensa, as pessoas que assistem ao programa, como eu, que o assumo sem qualquer vergonha. Adoro observar o comportamento humano, e por isso adoro ver estes programas da vida real.
Em jeito de conclusão, acho uma pena. Na primeira semana o Bruno de Carvalho divertiu-me tanto, ri-me imenso, tinha mesmo muita esperança de que fosse uma casa divertida, que os conflitos não fossem nada à escala que acabaram por ser...
Vamos ver como correm os próximos dias. Mas uma coisa é certa. Jamais relações tóxicas, jamais actos em que não se respeite a liberdade individual.