quinta-feira, 30 de junho de 2011

Livro de Reclamações II

que o dia não tinha começado nada bem. Terminou pior ainda.
Eu não estou danada, eu estou altamente fodida com isto do imposto sobre o subsídio de natal. Farto-me de trabalhar, de pagar impostos, multas, portagens e tudo aquilo que sou obrigada e vêm estes filhos da puta que não têm outro nome sacar-me parte daquilo que é meu por direito porque trabalho?
O dinheiro do subsídio para mim e para tantos outros como eu, serve para pagar contas. Serve para colocar o carro na revisão, para pagar propinas da faculdade onde estudo. Já me deixei de consumismos desenfreados há muito tempo só porque é natal. E este ano a coisa está muito pior.
Poupem com as despesas deles. Comprem menos carros topos de gama, durmam menos em hotéis caríssimos, comam em restaurantes mais em conta, não comprem tantas flores para decorarem os palácios, tenham menos guarda-costas. Só nestas pequeninas coisas poupavam para cima de um balúrdio. Mas agora posso atirar umas pedras (e daquelas da calçada), eu bem sabia. Votaram no Passinhos agora aguentem-se. Nesta altura está o Socrátes a rir à gargalhada com isto tudo. Porque era aldrabão e vigarista e tal e coiso mas sabemos todos que este não é melhor. Nem há um mês está no poleiro e já canta desta maneira.
Apetece-me desistir de tudo. Da escola, do trabalho e de tudo. Só para deste modo não me roubarem mais. Não terem hipóteses de andar a gozar com a cara dos cidadãos. Com a minha cara.

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